Os delegados piauienses estão reunidos na Central de Artesanato para discutir redução no vencimento e o Plano de Cargos e Salários. A categoria reclama que o governo do Estado aplicou o redutor baseado no teto salarial do governador Wilson Martins e ameaça fazer uma paralisação de advertência na próxima semana.
De acordo com o presidente da Associação dos Delegados, Sebastião Alencar Neto, os profissionais estão há dois meses sofrendo descontos nos contra-cheques em valores que chegam a R$ 2 mil mensais.
"Não concordamos com a forma que o governo está nos tratando. Há uma omissão em encaminhar para a Assembleia o nosso Plano de Cargos e Salários, uma desatenção e desprezo com esses descontos", diz Sebastião Alencar Neto.
De acordo ainda com Alencar Neto, o governo do Estado está aplicando redutor de salários de forma irregular. Como o salário mais alto do Estado é o do governador, que custa R$ 12.384, nenhum servidor pode receber acima disso. Ferreira afirma que os salários dos delegados variam de R$ 8.200 a R$ 10.700, mas com os adicionais e outros benefícios, pode chegar a R$ 14.500 na última classe [profissionais em fim de carreira].
"Nós entramos com mandado de segurança no Tribunal de Justiça no dia 07/07 porque acreditamos que isso está sendo feito de forma errada e não se pode reduzir as gratificações. Por isso vamos decidir hoje por uma paralisação de advertência de 48 horas. Depois aguardaremos alguma posição do governo e, caso as negociações não avancem, entraremos em greve por tempo indeterminado", afirma.
Uma outra reivindicação da categoria é que sejam chamados mais delegados concursados porque, com a retirada dos militares que estavam à frente de delegacias, há delegados acumulando a titularidade de até 10 delegacias no interior, de acordo com a associação.
Eles também exigem a contratação de mais escrivães e agentes. Segundo eles, a falta de estrutura foi que ocasionou, por exemplo, o ataque a uma delegada em Esperantina.
Fonte: Cidade Verde