Quando entrou no ginásio do Flamengo, o pé direito pisou firme na quadra. Leandrinho parecia querer sorte. Quer tanto tê-la do lado, que escolheu vestir a camisa 28. Para ele, sinônimo de boas coisas, já que era o número predileto da mãe. Recebido pelos companheiros com abraços, o ala-armador disse que está feliz como há muito tempo não se sentia. Desde 15 de abril sem bater bola devido a uma lesão crônica no punho direito que o fez pedir dispensa da seleção que irá ao Pré-Olímpico de Mar del Plata, Leandrinho se apressa para entrar em forma. Com o processo do pagamento do seguro em andamento, o clube começa a estudar o evento que marcará a sua estreia.
No plano de marketing, não estão descartados jogos em outros estados e até mesmo um amistoso contra um time da Argentina, possivelmente o Boca Juniors. E, de preferência, no Maracanãzinho. Embora o primeiro compromisso dos comandados do técnico Gonzalo Garcia seja o Estadual, em setembro, o objetivo do grupo está voltado para a disputa da Liga Sul-Americana, prevista para novembro, mesmo mês em que começará a ser disputado o NBB. O contrato de Leandrinho foi assinado até dezembro e ele acredita que poderá ajudar sua nova equipe um bom número de vezes, já que o cenário que se desenha na NBA é tido como complicado. E aproveitou para dar um "empurrãozinho" para a vinda de outros jogadores.
Leandrinho admitiu que já consegue sentir o que é vestir a camisa rubro-negra. Foi recebido por Ronaldinho Gaúcho com um telefonema de boas-vindas e pela presidente Patricia Amorim como a nova estrela da constelação. Tudo porque um dia, mesmo que em tom de brincadeira, resolveu abordá-lo com a seguinte frase: "Quem trouxe Marcelinho e Cielo tem a coragem de falar: só falta o Leandrinho". Ele também não se furtou a falar de seleção. Disse que optou pelo repouso à cirurgia por temer o resultado dela e também por acreditar que perderia toda a temporada da NBA. Ainda assim, espera que as portas da equipe ainda estejam abertas. Tem esperança na classificação olímpica e quer ter um lugar no grupo caso isso aconteça.
– Se tiver uma vaga para mim, quero ir até para servir água. Quero estar com eles. Sinto muita falta dos jogadores. Tanta, que vivo em contato direto com Tiago Splitter e ele me diz que eles sentem a minha falta também – disse.
Fonte: globoesporte.com