O policiamento foi reforçado na madrugada desta quarta-feira (7) no Conjunto de Favelas do Alemão, na Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Na noite de terça-feira (6), um tiroteio voltou a assustar moradores da comunidade dez meses após ocupação. Segundo a Força de Pacificação, os tiros foram disparados por traficantes "para inquietar as forças de segurança". Nesta manhã, não há registro de novos confrontos.
Ainda nesta manhã, o Exército recolheu cinco bombas caseiras na Rua Nova, próximo a um dos principais acessos do Alemão. Os artefatos teriam sido jogados pelos traficantes para atingir militares na noite de terça. Algumas bombas estavam detonadas e outras não.
De acordo com a Força de Pacificação, 100 fuzileiros navais foram convocados para reforçar o efetivo de segurança no Alemão. Dos 12 blindados do Exército que vão permanecer no local, seis iam participar do tradicional desfile da Independência do Brasil, na quarta-feira (7), mas foram desviados para aumentar a segurança nas comunidades.
O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio de Brito Duarte, determinou a ocupação, por tempo indeterminado, dos morros Adeus e Baiana, que ficam próximos ao Alemão. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da corporação.
Segundo o comandante, a medida "acontece em razão de não ter tropas federais nos locais, e serem ambos locais com comandamento – ou seja, visão de cima para baixo – portanto, facilitadores de agressão (tiro, arremesso de objetos etc) contra as tropas que patrulham a Avenida Itararé".
Um trecho das ruas Itararé e Itaoca, que ficam no entorno das comunidades, foi fechado pelas tropas do Exército. Por cerca de três horas, apenas moradores foram liberados a passar pelo local. Eles se organizaram em fila para entrar com segurança na favela. Poucos antes da meia-noite, o Exército liberou as vias ao tráfego de veículos.
Fonte: g1.com