Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) do Piauí estão em greve por tempo indeterminado. A decisão de cruzar os braços foi tomada nesta terça-feira, em assembleia geral da categoria, que decidiu por unanimidade pela paralisação. A greve teve início nessa quarta-feira e já alcança 95% de adesão da categoria, em Teresina, segundo levantamento do comando de greve.
A classe não aceitou o reajuste salarial da empresa de 5,2%. Eles querem um aumento de 43,7%, dos quais 33,7% correspondem à reposição das perdas salariais e 10% a aumento real. Atualmente, o piso salarial dos funcionários dos Correios chega a apenas R$ 942,75, para uma jornada de oito horas, ficando bem abaixo do que é preconizado pelo Dieese, que é R$ 2.519. Além disso, a categoria quer mais segurança nas agências, inversão do horário de entrega das correspondências, com a triagem sendo feita no período da tarde e a entrega pela manhã, por causa das altas temperaturas de Teresina, a contratação de mais funcionários, dentre outros.
“Nossa reivindicação de mudança de horário é antiga e precisamos disse por causa das altas incidências de raios solares no período da tarde, aqui em Teresina. Já em relação à contratação, no caso específico dos carteiros, precisamos de pelo menos mais 90 trabalhadores, pois já estamos trabalhando com atraso na entrega das correspondências há mais de um ano, por falta deprofissional”, disse o diretor do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Piauí, Gilvan Granjeiro.
Diretoria garante que entregas continuam
A diretoria dos Correios no Piauí garante que a maioria das unidades da empresa está funcionando no Estado, embora com efetivo reduzido. Por causa disso, algumas entregas poderão sofrer atraso. “Nós estamos trabalhando para que os atrasos sejam os menores possíveis, mas isso é uma coisa que nós ainda estamos acompanhando”, disse a diretora regional dos Correios, Joana D’arc da Silva.
A greve acontece em nível nacional. Além do piauí, mais estados já decretaram a paralisação como Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Em Minas Gerais e no Pará, a categoria já havia iniciado a greve na semana passada. Além destes, sindicatos de dez estados realizarão assembleias até o dia 25 para decidir se seus trabalhadores cruzarão os braços.
Fonte: Meionorte.com