A Fiel corintiana não vai intimidar os jogadores do Ah Ahly, nesta quarta-feira, às 8h30 (horário de Brasília), em Toyota, na primeira semifinal do Mundial de Clubes. De acordo com os jogadores do time egípcio, o duelo com o Timão por uma vaga na decisão empolga o elenco principalmente pelo fato de poder atuar diante de uma grande torcida.
Nesta terça-feira, o meia Hossam Ashour e o técnico Hossam El Badry foram só elogios aos fanáticos brasileiros, que estão ganhando destaque no Japão por causa do apoio em grande número na cidade de Nagoya.
– Quando jogamos no Egito, não estamos tendo muita torcida. Tem sempre duas, três mil pessoas. Para nós não é fator de pressão jogar contra uma grande torcida. Pelo contrário, nós ficamos felizes de poder mostrar nosso futebol para mais gente – disse Hossam Ashour.
– Nós sempre vínhamos jogando com o estádio vazio. Mas podemos agora mostrar o nosso futebol ao mundo. Gostaria que todos prestassem a atenção no desempenho perante o público – completou o técnico Hossam El Badry.
Outro aspecto que motiva o Al Ahly diante do Corinthians é o triste episódio de Port Said. Em fevereiro deste ano, um confronto entre Al Ahly e Al Masry na cidade terminou em tragédia. Uma briga entre torcedores após a partida terminou com a morte de 73 pessoas e mais de mil feridos. Por causa do incidente, que originou grandes mudanças na estrutura do futebol local, a temporada do campeonato egípcio foi cancelada.
– Realmente tivemos vários problemas no Egito. E um fato muito importante é que apesar de tudo nós conseguimos ser campeões da África. Isso é motivo de orgulho. Temos de entrar em campo com o pensamento de que somos os atuais campeões africanos. Houve uma tragédia, com muitos mortos e feridos, mas temos de transformar isso em motivação – disse o treinador.
– O Egito está passando por muitas dificuldades políticos. Mas nós temos a chance de mostrar em campo um novo Egito. Temos a responsabilidade de representar bem o nosso país – completou Ashour.
O país vive momento político conturbado desde 2011. Após diversas manifestações, protestos e confrontos com o exército egípcio, uma revolução popular derrubou o governo comandado pelo ditador Hosni Mubarak. Contra o Corinthians, o Al Ahly entrará novamente com uma faixa preta no uniforme para homenagear os mortos da tragédia de Port Said. A Fifa já havia autorizado o clube a jogar desta maneira diante do Sanfrecce Hiroshima, no último domingo.
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Fonte: globoesporte.com