Após a primeira reunião com a Fiocruz sobre a futura produção de vacina contra o novo coronavírus, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra, falou em “estreitar laços” para agilizar a liberação do imunizante. Na semana passada, diretores das duas instituições realizaram uma videoconferência, na qual foi detalhada como será a fabricação no Brasil da fórmula, ainda em teste, desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca.

 

O imunizante será produzido na unidade Bio-Manguinhos, da Fiocruz, no Rio de Janeiro. O processo será realizado em diferentes locais dentro do pólo: as etapas de formulação, envase e rotulagem serão feitas no Centro de Processamento Final (CPFI) e no Pavilhão Rockfeller; já a produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) será no Centro Henrique Penna.

 

Segundo as instituições, a reunião teve como pauta a discussão sobre as instalações do parque industrial que produzirá a vacina, além de análise sobre mecanismos de controle de qualidade e estratégia de produção. A Anvisa aprovou em junho o registro para realização de estudos clínicos do imunizante no país.

 

“A Anvisa e a Fiocruz vêm trabalhando juntas para melhorar o combate à Covid-19, com foco na discussão sobre o registro de uma vacina. Por isso, reunimos nossas diretorias em uma videoconferência para tratar deste tema. A reunião contribuiu para estreitar laços e tratar de aspectos gerais do desenvolvimento vacinal”, disse Barra, em comunicado da agência.

 

A expectativa do Ministério da Saúde é que a Fiocruz produza a vacina a partir de abril. Os insumos para a fabricação deverão chegar ao Brasil em dezembro, de acordo com o contrato assinado entre o governo federal e a AstraZeneca.

 

“Trata-se de um momento bastante singular que requer a união de esforços e expertises para que possamos encontrar soluções no mais breve tempo possível. A vacina só será possível com intensa articulação e colaboração de todos os envolvidos. Para isso, os especialistas das duas instituições atuarão de forma integrada ao processo de produção da vacina, para que possam avaliar cada etapa, à luz da ciência, e realizar todas as análises necessárias”, afirmou a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade Lima, em nota divulgada pela instituição.

 

Fonte: Extra