Está se programando para aproveitar os descontos que as lojas oferecem na liquição Black Friday, na próxima sexta-feira (25)? É importante ficar atento para não cair na “Black Fraude”.
O UOL conversou com Felipe Paniago, diretor de Marketing do Reclame Aqui, site de reclamações de consumidores, e com o professor de Direito do Consumidor do Mackenzie Brunno Giancoli. Confira as sete pegadinhas mais comuns.
1) Metade do dobro
Essa é uma reclamação comum entre os consumidores do Brasil desde que a Black Friday começou a acontecer por aqui: algumas empresas aumentam o preço do produto antes do evento e depois o baixam novamente, só para o desconto parecer maior.
A dica é pesquisar o preço do produto desejado antes da Black Friday para, no dia, saber se o desconto oferecido é realmente bom. Alguns sites de comparação de preços ajudam nessa tarefa, porque mostram um histórico do valor do produto.
2) Prazo e valor do frete
O consumidor pode ficar animado com um grande desconto e deixar de checar o prazo para entrega, no caso das compras feitas pela internet. Para quem aproveita a Black Friday para comprar presentes de Natal, é importante verificar se o produto chegará a tempo, para evitar frustrações. “Se [o prazo de entrega] passar de 20 dias úteis, por exemplo, já ficou para depois do Natal”, diz Paniago.
Também é importante ficar atento ao valor do frete. Se o transporte for caro demais, talvez o desconto no preço do produto não compense a compra.
3) Preço diferente no carrinho
Outro problema que pode acontecer é o consumidor encontrar o desconto ideal, colocar o produto desejado no carrinho e, na hora de concluir a compra, se deparar com um preço diferente, geralmente maior.
Nesses casos, a orientação é juntar provas; por exemplo, salvar as telas do computador que mostrem o valor menor oferecido antes (saiba como fazer isso: http://zip.net/bctw4n, link encurtado e seguro). Depois, entrar em contato com a empresa pedindo o desconto prometido inicialmente. “Vale o menor preço”, afirma Paniago.
4) Sites falsos
Existem sites falsos, criados por pessoas que querem agir de má-fé e enganar o consumidor desatento. A sugestão de Paniago é comprar em sites já conhecidos pelo consumidor ou buscar referências sobre a reputação daquela empresa –por exemplo, nas redes sociais, no Procon ou no site Reclame Aqui.
Também é possível checar se a empresa está com o CNPJ ativo na Receita Federal, pelo site http://zip.net/bfkvrH (endereço encurtado e seguro), e se ela fornece telefone ou endereço para contato.
5) Cuidado com seus dados
Além de desconfiar de sites desconhecidos, antes de efetuar a compra o consumidor deve verificar se está fornecendo seus dados de forma segura, para evitar ter suas informações roubadas ou clonadas.
Uma dica é verificar se aparece o desenho de um cadeado fechado na barra onde se digita o endereço do site. Para pagamentos via boleto, vale conferir se o nome do favorecido é o mesmo da empresa em que está comprando.
6) Atenção com parceiros
Grandes sites têm feito parcerias com sites e empresas menores e anunciado produtos e ofertas desses parceiros em suas páginas. Esse sistema é conhecido como “marketplace”. O consumidor é avisado de que outra empresa será responsável por fornecer o produto, segundo Paniago.
Se comprar mais de um item e eles forem fornecidos por empresas diferentes, as entregas podem acontecer em datas separadas, diz o especialista. Além disso, o consumidor também precisa checar a reputação da empresa parceira, aquela que vai fornecer o produto, mesmo que esteja fazendo a compra no site de uma loja conhecida.
No ano passado, por exemplo, uma estudante comprou um celular em um site famoso, mas de uma empresa parceira. No lugar do aparelho telefônico, ela recebeu um embrulho com um tijolo. Em casos assim, as duas empresas podem ser responsabilizadas pela fraude.
7) Cuidados com as compras por impulso
Com tanto desconto sendo anunciado, o consumidor pode acabar comprando algo de que não precisa só para não perder a oferta. Para evitar cair nessa tentação, o ideal é, antes da Black Friday começar, definir o que quer comprar e quanto poderá gastar, evitando se endividar.
Fonte: Uol