O Ministério Público do Estado do Piauí, através do promotor de justiça Cristiano Farias Peixoto, titular da 2ª Promotoria de Parnaíba, realizou nesta quarta-feira (19) uma audiência para discutir a qualidade da água fornecida pela Agespisa na cidade. Anteriormente, foi aberto um inquérito civil público para que o MP-PI investigue a situação.
Denúncias que partiram da própria população, dando conta da forte turbidez (cor escura) da água, motivaram a realização de exames laboratoriais para avaliar o produto distribuído pela Agespisa. Uma análise do Laboratório Central do Piauí (LACEN) constatou que a qualidade da água que chega as casas está fora do desejável em termos de qualidade.
Segundo Antônio de Sá, engenheiro químico do Programa Estadual de Qualidade da Água, o exame feito concluiu que a amostra coletada em Parnaíba possui um grau de turbidez acima do permitido pelas normas sanitárias vigentes. Mais preocupante ainda é a presença de bactérias que podem trazer malefícios a saúde de quem consome.
Outro exame foi feito sob encomenda da Agência Parnaibana de Regulação dos Serviços Públicos (Aserpa) chegou a conclusões semelhantes às obtidas no LACEN. De acordo com o procurador da agência, Lisandro Ayres, a audiência é uma oportunidade de cobrar da Agespisa explicações, além de medidas para que o problema da água seja sanado.
O engenheiro agrônomo Marco Aurélio, responsável pela qualidade da água fornecida na região de Parnaíba, afirmou que um terceiro exame feito pela própria Agespisa não constatou qualquer irregularidade. Ele admite, no entanto, que pode ter havido algum problema em decorrência de vazamentos e/ou falta de energia na estação de tratamento.
Ficou definido que mais um exame será feito no prazo de 30 dias, com intuito de aferir novamente a qualidade a água fornecida pela Agespisa. Desta vez, a análise laboratorial acontecerá mediante supervisão de representantes dos diversos órgãos que participaram da audiência realizada na sede do Ministério Público do Piauí em Parnaíba.