O Piauí está prestes a enfrentar um período de calor acima do normal, com temperaturas que podem chegar a 2°C mais altas que a média entre agosto e outubro. O dado multimodelo produzido pelo CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e pela Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos) indica que, já no mês de julho, a região do extremo sul do Estado está 1,5˚C acima da média.

A umidade relativa do ar também deve ficar abaixo do recomendado, chegando a menos de 15% em partes do sudoeste e centro-norte, como o litoral do Piauí. Esse cenário preocupa não só pela saúde da população, mas também pelo aumento do risco de incêndios florestais, que já começaram a aparecer antes mesmo do período mais crítico.

A combinação de calor extremo, vegetação seca e ação humana é responsável pela maioria dos focos de fogo. Apenas uma pequena porcentagem dos incêndios tem causas naturais, como raios. A maior parte é provocada por queimadas ilegais, muitas vezes feitas como “limpeza” de terrenos fora do período permitido.

Para tentar reduzir os danos, órgãos ambientais e de defesa civil estão reforçando o monitoramento e o treinamento de brigadas em municípios mais afetados nos últimos anos. A população também é orientada a evitar qualquer tipo de queimada, já que mesmo pequenos focos podem se alastrar rapidamente nessa época do ano.

Enquanto isso, os termômetros devem marcar até 39°C em algumas regiões, com mínimas que podem variar entre 15°C e 20°C dependendo da localidade. O cenário exige cuidados redobrados com hidratação e proteção contra o sol, além de atenção às normas ambientais para evitar tragédias.