Debater temáticas voltadas para ações de combate ao trabalho infantil e políticas públicas foi o objetivo do Seminário do Trabalho de Criança e Adolescente: Desafios do Poder Público e da Sociedade Civil Organizada, que aconteceu nos dias 14 e 15 deste mês, em Parnaíba.
O evento foi promovido pelo Fórum de Combate ao Trabalho Infantil do Piauí (FETI-PI), em parceria com diversos órgãos, entre eles a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest): representados pela diretora estadual de Vigilância Sanitária, Tatiana Chaves.
O Seminário teve palestra inaugural proferida por Rubervam Du Nascimento, secretário executivo do FETI-PI, com o tema “Por que as crianças do Piauí trabalham? As três piores formas de trabalho infantil no Piauí: casos e enfrentamento”.
De acordo com Rubervam, as respostas para esse questionamento estão voltadas para a “miséria econômica” e a “miséria cultural”. “As crianças e os adolescentes trabalham porque participam de um ciclo de miséria econômica que nós alimentamos, segundo ele. “E nós, enquanto sociedade, aceitamos o trabalho infantil; o que pode salvar as crianças e os adolescentes é a escola e a educação”, apontou o palestrante.
Rubervam fez, ainda, vários questionamentos em momentos de reflexão durante a palestra, que foi finalizada com a narração de casos de trabalho infantil em todo o Estado.
Para Tatiana Chaves, o evento busca mostrar estratégias que estão sendo montadas pelas esferas dos Governos Federal, Estadual e Municipal, na luta contra a problemática do trabalho infantil em todo o Brasil. “Aqui aproveitamos a presença desses profissionais para abordar ações de combate ao trabalho infantil e políticas públicas que tenham realmente resultados”, destacou.
O Cerest cooperou, também, com uma oficina que antecedeu o seminário, abordando o tema: “Criança e adolescente em situação de trabalho”, em que se fizeram presentes profissionais da saúde de 10 municípios da Planície Litorânea.
Fonte: Sesapi