O Custo da Cesta Básica, indicador relacionado diretamente ao poder de compra do salário mínimo, depois de oito meses de alta consecutiva, registrou queda de 0,22%, em relação ao mês anterior, resultado consequente da diminuição de preços do tomate (-2,74%), feijão (-2,72%) e farinha de mandioca (-0,85%), principalmente. O valor final do preço da Cesta Básica em junho de 2015 foi de R$ 295,57, o que corresponde a 37,51% do valor total do salário mínimo vigente no país.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,85% em junho, após avançar 0,74% no mês anterior, informa o Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí – Fundação CEPRO. É a taxa mais alta para o mês desde fevereiro deste ano, quando o índice subiu 1,26%. Em junho do ano passado, o IPC avançou 0,54%.
Com o resultado, o índice oficial da inflação de Teresina acumulou alta de 5,25% no primeiro semestre, a maior variação para o período de janeiro a junho desde 2003, quando foi de 6,33%. Em 12 meses, a inflação acumulada foi de 8,81%, a taxa mais elevada desde julho 2004 (8,88%).
Em relação ao desempenho dos grupos componentes, registrou-se alta significativa em Serviço Pessoais (+2,31%), Saúde e cuidados Pessoais (+1,01%) e Alimentação (+0,89), enquanto Vestuário e Transportes registram queda de 0,39% e 0,38%, respectivamente.
No que se refere aos produtos com maiores influências no aumento do IPC-Teresina, Salienta-se: loterias (+44,67%, em média), remédios vasodilatadores – pressão (+3,35%), artigos de perfumaria (+1,97%), e as hortaliças e frutas que foram majoradas em (+6,88%) e (3,34%), na média, cada uma.
Produtos com maiores altas em junho de 2015
Grupo Alimentação: Mamão (32,10%), Cebola (17,35%), Alho (14,29%), Pimentão (12,04%).
Grupo Saúde e Cuidados Pessoais: Armação para óculos (7,22%), Perfumes/média (6,63%), Remédios/vasodilatadores (3,35%), Tintura para cabelos (3,07%).
Grupo Serviços Pessoais: Jogos/loterias (44,07%), livros didáticos (4,08%), Manicura (1,59%), Aguardente (1,38%).
Para o estatístico da Fundação CEPRO, Elias Alves Barbosa, chamaram atenção o mamão, os remédios e os livros didáticos. “O mamão porque não é um produto que costuma ter um aumento tão volumoso assim, os remédios porque foram aumentados especificamente os vasodilatadores, medicamentos para pressão arterial e os livros didáticos porque não é comum termos um aumento em livros de 1º e 2º graus nesse período do ano”, pontua o diretor de estatística.
O economista e presidente da Fundação CEPRO, Cezar Fortes, avalia que há uma variação local semelhante à variação nacional, mas o que mais chama atenção é a inflação anual. “Nos últimos doze meses nossos produtos inflacionaram quase 9%, uma média bastante alta em comparação aos últimos anos no nosso Estado”, explica.
Fonte: Fundação Cepro