A Cico (Comissão Investigadora do Crime Organizado) divulgou nesta quinta-feira (20), os resultados dos exames cadavéricos e do local da morte da estudante de Direito Fernanda Lages, de 19 anos, encontrada morta no prédio da Procuradoria da República no Piauí, na zona Leste de Teresina.
O relatório dos peritos criminais José Luiz de Souza Filho, Jerônimo Silva Filho, Roberto Carvalho Batista, Carlos Frederico Belfort de Carvalho, José Aurimar da Silva e Marcelo Rodrigues Soares afirmam que face ao conjunto de evidências físicas analisadas e interpretadas concluíram que, por falta de elementos de convicção, não podem informar se a queda ou precipitação foi resultante de um ato voluntário ou se contou com a intervenção de terceiro.
Eles apontaram que Fernanda Lages Veras foi vítima de morte violenta ocasionada por queda ou precipitação, de uma altura de 29,30 metros, após escalar a mureta de proteção de lages.
O laudo de exame pericial da morte de Fernanda Lages aponta que os peritos do Instituto de Criminalística só tomaram conhecimento da morte da estudante Fernanda Lages, no dia 25 de agosto, cerca de 3h após a ocorrência.
Segundo o relatório do Instituto de Criminalística, os peritos chegaram ao prédio da Procuradora da República e deram início aos trabalhos técnicos preliminares, nos quais tiveram procedimentos subsequentes.
Os exames complementares foram realizados por uma equipe de peritos formada por especialistas de diversas áreas (farmacêuticos, biólogos, engenheiros e físicos), inclusive com a participação dos peritos da Polícia Federal, José Arthur de Vasconcellos Neto, Ricardo Vagner, Cirilo Max Macedo de Morais e Rômulo Vilela Ferreira.
O Instituto de Criminalística considerou em seu relatório que, para efeito de perícia, o local da morte de Fernanda Lages pode ser considerado como inidôneo, já que não foram devidamente isolado nem preservado. Esta falha favoreceu a invasão do local, contribuindo para que fosse “severamente contaminado e descaracterizado em sua essência, primeiramente por curiosos e trabalhadores da construção civil, que transitaram com liberdade no ambiente mediato e imediato do fato, ou seja, toda área de abrangência do evento que, para efeito de exame, se estendia do local do veículo pertencente à Fernanda Lages, que foi encontrado estacionado no portão do canteiro de obras do prédio do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) até o local onde o corpo da vítima foi encontrado na própria estrutura do prédio da Procuradora da República do Piauí”.
Veja imagens do laudo – Algumas foram desfocadas