A construção civil tem enfrentado uma crise nesses últimos meses e por isso várias pessoas estão ficando desempregadas, obras paradas e fábricas com vendas no vermelho. Em uma fábrica de tijolos e telhas, na zona rural de Teresina as vendas caíram 20% no mês de março. Segundo José Joaquim da Costa, diretor industrial, a preocupação é com os custos altos.
“O que nos preocupa muito são os custos que estão subindo, pois a energia subiu 75% do ano passado para cá, então nós não conseguimos repassar. Estamos permanecendo com os preços defasados”, contou.
A diminuição pela procura do material é reflexo na redução no número de obras, sem construção os não existe a necessidade de tanta mão de obra e o resultado e a demissão de operário.
A construção civil tem demitido mais que empregado. No Brasil foram mais de 225 mil postos de trabalhos a menos. No Piauí a redução foi cerca de 2.100 empregos no mesmo período.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Piauí, André Baia, explicou que um dos motivos para as reduções é que os governos têm deixado de aplicar recursos. “Nós temos tido atraso no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), temos tido atraso também no Minha Casa Minha Vida, em obras estaduais e municipais. Se os prefeitos, governadores e presidente não pactuarem com esses pagamentos certamente teremos muito mais demissões”, afirmou.
Já para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Carlos Magno, as justificativas podem está ligadas a época do ano. “No final de novembro para dezembro a gente já começa a ter um pouco de demissões, até porque quando começa fevereiro e março inicia-se o período chuvoso. Isso é comum ocorrer as demissões neste período”, contou.
Fonte: G1/PI