Fevereiro bateu mais um recorde de consumo de energia. O governo admite risco um pouco maior de racionamento, e indicou que quem vai pagar a conta das usinas térmicas é o consumidor. É uma conta alta.

Dessa vez o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia reconheceu que o gasto a mais com a geração de energia será repassado para as contas de luz.

Em fevereiro, o Brasil teve um aumento considerável no consumo de energia: 7,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Autoridades do setor de energia foram ao Senado falar do aumento do consumo e do uso das térmicas, acionadas para poupar os reservatórios, com custos mais altos.

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia sinalizou que parte dessa conta deverá ser repassada ao consumidor. “É natural pela regra do jogo que quando você tem a geração de uma térmica, isso é sempre a categoria consumo que paga, já é considerado no preço médio. O desajuste que o ocorre aqui é que em média você passa muitos anos somente tendo anos hidrológicos bons, o preço fica bem baixo”, explicou.

Após reunião do comitê que monitora o setor, o Ministério de Minas e Energia divulgou nota onde diz que o sistema está equilibrado, com sobras de energia.

Mas uma mudança no trecho que trata da possibilidade de desabastecimento chamou a atenção: na nota do mês passado, o indicativo era de risco baixíssimo. Já na de ontem, baixo. Em ambos os casos, se a estiagem piorar.

O Ministério de Minas e Energia informou que, apesar da mudança no termo usado na nota, o entendimento não mudou e que o risco de desabastecimento não aumentou.

Fonte: G1 com edição do Portal Costa Norte