O número de pessoas que precisam de casa no Piauí reduziu 36% entre 2007 e 2012. Pelo menos é isso que aponta o estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado hoje, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad – 2012). Em 2007, 133.436 piauienses precisavam de moradia, o que correspondia à 16,1% da população. Já em 2012, o número caiu para 96.352 pessoas, correspondendo à 10,3% da população.

Em números relativos, o Piauí ficou em segundo lugar entre os Estados que mais houve avanço na redução do déficit populacional. Em primeiro lugar ficou o Amapá, que teve queda de 49% no número de pessoas sem casa para morar. Em todo país, o número também foi positivo, representando em uma queda de 14,7% no número de brasileiros que ainda precisam de casa para morar.

Com o estudo, o Ipea argumenta que o objetivo é orientar os agentes públicos responsáveis pela política habitacional na construção de diversos programas que sejam capazes de suprir as necessidades de moradias nas esferas de governo dos municípios, do Distrito Federal, dos estados e da União.

Um dos principais fatores que contribuiu para a queda no número de famílias que precisam de uma moradia, foi a intensificação das políticas habitacionais, entre elas o Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal. Segundo dados fornecidos pelo superintendente da Caixa, Emanoel Bonfim Veloso, de 2009 até agora, mais de 30 mil casas do Minha Casa, Minha Vida, foram contratadas no Piauí, totalizando um investimento de R$2,4 bilhões.

Até agora, 12 mil já foram entregues aos beneficiários, em vários municípios piauienses, tanto na capital quanto no interior. São vários os critérios utilizados para contemplar os beneficiários, entre eles, a situação de vulnerabilidade social, além de beneficiar, preferencialmente, pessoas com deficiência ou idosos.

Na pesquisa, o Ipea levou em consideração vários componentes, entre eles a precariedade das moradias, à situação de coabitação (famílias conviventes com a intenção de se mudar ou residentes em cômodos) e ao adensamento excessivo em imóveis locados (àqueles com mais de três habitantes utilizado o mesmo cômodo).

Fonte:  O Dia