A quantidade de votos estimada para eleger um deputado federal no Piauí no pleito de 2014 é de 176.425 votos válidos. Em 2010 o quociente eleitoral oficial foi de 166.801 votos.
O cálculo foi feito para o Jornal Meio Norte pelo economista Maurício Costa Romão. Segundo ele, se fosse mantida a Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reduzindo a bancada piauiense para oito parlamentares, o QE atingiria 220.531 votos válidos.
Já na disputa por uma das 30 vagas de deputado estadual, o quociente eleitoral em 2014 é de 59.901 votos válidos, contra 56.959 em 2010. Caso fosse mantida a Resolução do TSE, diminuindo o número de deputados estaduais para 24, o mínimo exigido para eleger um parlamentar na Assembleia Legislativa seria de 74.877 votos válidos.
Após a decisão do Superior Tribunal Federal, em sessão do dia 1º de julho, que manteve os tamanhos das atuais bancadas dos deputados federais e estaduais no pleito de 2014, os quocientes eleitorais serão modificados apenas em função do eleitorado, abstenção ou votos apurados, votos em branco e votos nulos e, consequentemente, votos válidos.
Dessas variáveis, a única que se conhece de antemão é o eleitorado. Definido o quantum de parlamentares para a Câmara Federal, e já utilizando dados atualizados do TSE para o eleitorado de 2013, foi possível projetar os quocientes eleitorais para este ano no Piauí.
“Devido aos protestos de rua do meio do ano passado, é muito provável que a alienação eleitoral (abstenção, votos em branco e votos nulos), que já foi em 2010, no Piauí, de 27,8% para deputado federal e de 25,6% para estadual, vá aumentar.
Se isso ocorrer, os votos válidos vão diminuir e, consequentemente, os quocientes eleitorais vão baixar na mesma proporção, dadas as vagas parlamentares”, pondera Maurício Romão.
Os quocientes eleitorais estimados para os cargos federal e estadual, que já são maiores do que os da eleição passada, sofrem incrementos adicionais de 24% e 25%, respectivamente, caso a revisão do quantitativo de deputados determinada pelo TSE prevalecesse.
“Quer dizer, os partidos e coligações piauienses poderiam defrontar-se com uma perversa combinação em 2014: menos vagas parlamentares disponíveis e maior barreira de acesso aos Legislativos”, afirma o economista.
Fonte: Meio Norte