A Praça da Mulher do Pote, no Centro de Parnaíba, amanheceu repleta de flores neste Dia de Finados. A data, marcada por lembranças e homenagens, reúne histórias de amor, saudade e fé.

Entre as pessoas que visitam cemitérios e pontos de venda de flores, há quem faça questão de manter viva a memória de quem partiu, até mesmo daqueles que nunca chegou a conhecer.

É o caso de Roseane Galeno, que há 30 anos homenageia dois irmãos falecidos ainda na infância. Mesmo sem ter convivido com eles, ela viaja todos os anos ao Maranhão, onde os meninos estão sepultados.

“Há mais de 30 anos que eles são falecidos, mas todos os anos eu estou lá. Levo essa pequena homenagem a eles, contou Roseane. Apesar de eu não ter conhecido, meu pai sempre relembra como foi. Morreram muito novinhos, mas eu nunca esqueço essa data.”

Mas o Dia de Finados também movimenta o comércio local. Entre as flores e as homenagens, há quem aproveite o dia para trabalhar e ajudar quem quer expressar o carinho em forma de flor.

Gabriel Medeiros, estudante de Direito, trabalha vendendo arranjos e fala sobre o significado da data. “É uma data muito importante, porque o que move é o sentimento, a saudade, a recordação daqueles que já se foram. É uma forma de manter algum vínculo com essas pessoas que foram tão importantes. A gente sempre recorda, presenteia e tenta reviver esses laços.”

Apesar da rotina de vendas, Gabriel também reserva um momento para as próprias homenagens.

“Quando termina tudo aqui, a gente vai lá no cemitério fazer também a nossa parte”, disse.

Entre as histórias de amor e despedida, está a de Cristiane Brito, que perdeu o marido há quase um ano, vítima de câncer. Este será o primeiro Dia de Finados sem ele.

“Esse ano está sendo muito dolorido. Vai fazer um ano que perdi meu esposo. Foram 30 anos de casados, e é difícil até falar”, desabafa emocionada.

“Para mim, ele ainda continua vivo, porque vai sempre estar no meu coração. Homenagear quem a gente ama é guardar a memória para sempre.”

No fim das contas, o Dia de Finados é sobre amor, aquele que continua mesmo depois da despedida. Cada flor deixada carrega lembranças, promessas e gratidão.