Claudionor Vianna Telles Velloso, 105, a Dona Canô, morreu nesta terça-feira (25) em sua casa, na cidade de Santo Amaro da Purificação no Recôncavo Baiano.
O velório de Dona Canô será realizado a partir das 19h (de Brasília), no Memorial Caetano Veloso, em Santo Amaro (67 km de Salvador). O enterro será amanhã.
O clima está tenso, de muita comoção”, disse uma amiga da família à Folha, de nome Rose (não quis falar o sobrenome). É ela quem está atendendo ao telefone celular de Mabel Velloso, uma das filhas de Dona Canô.
Ainda segundo Rose, a matriarca morreu por volta das 10h. A família já esperava pelo pior. Tanto que não fez a tradicional ceia de Natal, na noite desta segunda (24), mesmo com todos reunidos, inclusive Caetano e Bethânia.
Na sexta (21), Dona Canô recebeu alta do Hospital São Rafael, em Salvador, onde apresentou um quadro de isquemia, embora tivesse sofrido uma “leve piora”.
“O maior desejo de D. Canô é passar este momento da sua vida no seu ambiente familiar”, disse o boletim médico, acrescentando que ela havia atingido um estágio de estabilidade hemodinâmica e respiratória “minimamente satisfatório” para garantir a alta hospitalar com assistência domiciliar de “cuidados avançados”.
“Vale salientar que a idade avançada da paciente e a sua significativa restrição pulmonar e neurológica trazem para ela uma grande limitação funcional. Entretanto, o maior desejo de D. Canô é passar este momento da sua vida no seu ambiente familiar”, falava o texto.
Em 16 de setembro, quando completou 105 anos com grande festa em Santo Amaro da Purificação (a 67 km de Salvador), onde mora, disse à Folha não ter medo da morte. “Não tenho, não, meu filho. Acredito em Deus e sempre vivi com a minha família, com pessoas do meu lado, com a casa cheia. Acho que esse é o segredo [da longevidade]”.
Fonte: Folha de S. Paulo