O ex-prefeito Elmano Férrer (PTB) negou, em entrevista exclusiva ao jornal O DIA, que tenha a intenção de migrar do PTB para o PP com vistas às eleições de 2014. Para o petebista, qualquer mudança desse tipo, motivada não por ideologia, mas sim por mera conveniência eleitoral, não seria vista com bons olhos pela população.
A declaração de Elmano é uma resposta aos rumores de que ele faria a mudança de partido para poder concorrer ao cargo de vice-governador pelo PP, numa chapa encabeçada por Wellington Dias (PT) e com João Vicente Claudino (PTB) sendo lançado candidato a reeleição para o Senado Federal. Segundo as especulações, o cenário seria ideal pois favoreceria os três partidos, numa eventual aliança para o pleito de 2014.
“Não recebi convite nenhum até agora. Mas, de forma pragmática, posso dizer que só mudaria de partido por uma convicção política ou ideológica. Eu acredito que a sociedade não entenderia bem uma mudança de sigla partidária por mera estratégia eleitoral”, observa Férrer.
O ex-prefeito afirma que a sociedade está atenta às práticas oportunistas de alguns políticos e lembra que sentiu na pele a insatisfação popular, em 2011 e 2012, quando ocorreram as manifestações contra o aumento da passagem de ônibus para R$ 2,10 na capital.
“Nós temos que entender – sobretudo os políticos tradicionais – que o Brasil inicia uma nova fase. Quando os jovens e os movimentos sociais foram às ruas e disseram que não aceitavam bandeiras de partidos, isso foi um recado para os políticos do País”, opina.
Sobre a possibilidade de disputar um cargo majoritário no pleito de 2014, Elmano diz que essa é uma decisão que cabe ao diretório regional do PTB decidir, depois de ouvidos todos os quadros do partido.
“Cargo majoritário pra governador, vice-governador, senador ou suplente, isso quem decide são os diretórios estaduais dos partidos. Por minha conta, eu só posso decidir ser candidato a cargos proporcionais, de deputado estadual ou federal. Mas ainda é cedo para discutir isso. Por enquanto, estou caminhando, indo aos bairros e ouvindo a população de Teresina e de outros muitos municípios do Estado”, pontuou.
Fonte: O Dia