O governador Wellington Dias (PT) afirmou, em entrevista coletiva no Palácio de Karnak, que enviou para Assembleia Legislativa (Alepi) uma “carta compromisso” garantindo que não irá congelar o reajuste salarial e investimentos com a Proposta de Emenda Constitucional 03/2016, a PEC dos gastos públicos.
“Embora não tenha em nenhum artigo e em nenhum parágrafo na PEC, de qualquer menção de congelamento, demissão de servidores ou qualquer outra coisa ruim, os deputados e líderes acharam por bem enviar uma carta ao parlamento deixando claro que o Estado, desde setembro, com a queda das receitas, a Lei de Responsabilidade Fiscal atingiu o limite prudencial e, quando isso acontece, não pode ter reajuste e aumento de despesas. O que estamos fazendo são medidas para sair disso”, explica.
Wellington falou que com os recursos da repatriação, a situação vai melhorar em janeiro. “Se não tomar essas medidas, vão voltar tudo de novo” declarou.
Dias afirmou que o aumento da contribuição dos servidores na Previdência foi compensado com a proposta de reajuste salarial e que a PEC foi enviada para Alepi para garantir investimentos, como por exemplo, em estradas para que as indústrias de energia solar possam transportar as plataformas para os geradores. “Se o Estado não tiver capacidade para fazer isso, perde investimento e as empresas vão para outros locais”, afirma.
Segundo o governador, a PEC é para que o Estado elimine quaisquer riscos de demissão de servidores e para que não tome medidas mais drásticas, como outros estados estão realizando, e para fazer a economia crescer.
Wellington Dias declarou que a restrição de reajustes salariais não será de dez anos e que o objetivo da proposta é atingir os 10% das receitas líquidas para investimentos. “Estamos perto, quando atingirmos acabam as restrições”, declarou.
Sobre a possível greve dos servidores, o governador falou que vai solicitar a ilegalidade do movimento na justiça e que vai pedir uma investigação sobre a confusão e quebra-quebra na Alepi. “O que estão querendo não tem sentido. Estão pedindo um reajuste do tamanho do mundo. O governo não quer atrasar os reajustes de ninguém, já demos reajustes em anos anteriores e vamos fazer isso em 2017”, afirma Wellington Dias.
Fonte: Meio Norte