A hanseníase, comumente conhecida como lepra, deixou muitas pessoas sequeladas no passado. Mas, atualmente, a doença tem cura. No hospital Colônia do Carpina, Bairro Frei Higino, que foi criado em 1932, há muitas pessoas que sofreram complicações com a doença. A exemplo do pedreiro Manoel Robertino, de 74 anos, que acabou sofrendo limitações quando a doença não tinha cura. Ele lembrou que na década de 70, o hospital dispunha de 400 pacientes em rigoroso isolamento e as pessoas só eram liberadas quando não ofereciam risco de contaminação a outros indivíduos.
O Hospital Colônia do Carpina atendeu grande demanda na década de 70. Mas hoje poucas pessoas são atendidas por conta dos tratamentos mais eficazes vigentes. Marcelo Souza, agente administrativo da Colônia do Carpina, informou que atualmente 25 pessoas são atendidas nesta casa de saúde; mas quando alguém tem complicações procura a Colônia do Carpina para tratamento e depois retorna a sociedade. Segundo Marcelo, há bastante estigmatização das pessoas com relação à hanseníase.
Este mês ainda é dedicado a campanha de prevenção a hanseníase, o chamado Janeiro Roxo que serve de alerta. Em Parnaíba, de 2013 a 2017 foram registrados 227 novos casos; mas foi em 2016 o maior numero de pessoas acometidas pela doença, sendo 73. Segundo Krishna Araripe, coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Parnaíba, a doença não foi erradicada da região, sendo preciso que as pessoas procurem tratamento nos primeiros indicativos da doença.
Com o tratamento a convivência das pessoas, que tiveram hanseníase, se torna perfeitamente possível. É necessário que as pessoas fiquem atentas para evitar mais casos de hanseníase; mas é importante ressaltar que o tratamento faz com que a doença não seja contagiosa já nas primeiras medicações.
Fotos: Rodrigo César / Reprodução TV Costa Norte
Por Daniel Santos