Bruna Marquezine gravou as cenas do atropelamento de Luiza na novela “Em família” no Recreio. Gabriel Braga Nunes, que vive o músico Laerte na história, também participou das gravações, que aconteceram no asfalto quente (somente nas cenas de closes, os dois atuaram sob um colchão). Na sequência, Luiza tem uma ríspida discussão com o primo no carro dele. É que ela acabou de descobrir o que ele fez para seus pais, Helena (Julia Lemmertz) e Virgílio (Humberto Martins), e insulta o cara. “Não acredito que o que você fez com a minha mãe dê pra desculpar. Com a minha mãe só, não, mas com a família inteira! Será que se lembra que o meu avô morreu dentro da igreja, de desgosto? Uma desgraça na família inteira. E agora quer o quê? Que todo mundo passe uma esponja e apague tudo, como se fosse uma manchinha de café?”, pergunta ela.
“Não, claro que não, sei que não é fácil. Se eu pudesse fazer alguma coisa pra ser perdoado, eu faria. Juro. O que aconteceu nunca saiu da minha cabeça, nunca me deixou em paz esses anos todos. Desgracei a minha vida também”, afirma o flautista, que continua. “Posso ser o principal culpado, não nego isso, mas não o único. Ninguém nessa história foi apenas vítima. Uma parcela de culpa todos têm. Por menor que seja”, diz, enfático. Luiza se irrita: “Até agora há pouco você se confessava um monstro que pedia perdão pelos pecados e erros cometidos. Agora, só porque eu estou aqui diante de você, tomando um café, como se fôssemos amigos, pronto: já está espalhando a culpa entre todos”. E já vai pedindo a conta para ir embora dali.
Já dentro do carro, Laerte diz que ela não tem o direito de culpar a mãe dele por tudo que aconteceu e que está acontecendo. “Ah, tenho sim. Foi ela que fez o pior dos papéis. Nunca mais falou com a minha avó, nem com a minha mãe”, conta Luiza. “Acho que todos agiram mal nessa história da família. Sua mãe me provocava. Fazia ciúme, abraçava e beijava o Virgílio na minha frente. Uma vez disse que se ele pedisse, ela posava nua pra ele desenhar. Tá sabendo disso, por acaso”, rebate o flautista. Exaltata, a estudante grita que sua mãe era uma criança. “Não era não. Era adolescente, sabia muito bem o que estava falando e fazendo. Beijava o Virgilio pra me fazer ciúmes, me provocando”, rebate Laerte.
Nervosa, Luiza brada: “Não vou ficar aqui ouvindo essa conversa idiota. Não precisa me levar, que eu prefiro ir a pé ou pedir uma carona”, diz a jovem que abre a porta do carro em movimento. Luiza vai atravessando a rua sem olhar e é atropelada por outro carro. Laerte freia o carro e se desespera com o estado da filha de Helena. O músico decide, então, levar a garota ao hospital. Luiza liga para Alice (Erica Januzza), que avisa aos pais dela. Ao saber disso, Laerte decide ir embora, mas fica no carro para ver Helena, depois de 20 anos. E quando ela e Virgílio chegam de mãos dadas ao hospital, ele se emociona e parte sem ser visto.
Fonte: Extra