A conta de energia elétrica vai ficar mais cara em agosto. A bandeira vermelha está de volta, e o reajusto especulado é em torno de 5%, o que equivale a três centavos para cada kW consumido. A justificativa para o reajuste é a baixa produtividade em hidrelétricas do país. Enquanto isso o Piauí, que é autossuficiente em energia, também está sujeito ao aumento.
De acordo com Glauco Melo, gerente de faturamento da Eletrobras, o sistema de energia do Brasil é interligado, e não existe uma legislação específica para que a empresa compre apenas a energia produzida no Estado. “A produção do Piauí, mesmo autossuficiente, não impede o aumento no Estado. Temos que comprar energia de todo o país, e quem decide o preço é a Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica]”, explica.
Para evitar o acionamento da bandeira vermelha, é necessário tomar medidas já conhecidas pelos consumidores. “Evitar deixar luzes ou o ar-condicionado ligado em espaços que não tenham pessoas, manter a manutenção de eletrodomésticos como geladeiras e freezeres sempre em dia, verificando se as portas estão fechando direito. Essas são algumas recomendações”, frisa o gerente.
A iluminação pública também precisa de atenção. “A iluminação pública, provida pelo poder municipal, também está sujeita a desperdício, que termina sendo pago pelo consumidor. É preciso comunicar o município em casos de postes que ficam ligados o dia inteiro”, ressalta Glauco Melo.
O aumento é acima da inflação, que subiu de 3,29% para 3,33% após o aumento da alíquota sobre combustíveis. É possível que os valores mudem com o reajuste sob a energia elétrica consumida nas residências brasileiras.
Fonte: Meio Norte