A Polícia Rodoviária Federal divulgou nesta segunda-feira (14), em parceria com a Childhood Brasil, uma nova edição da Cartilha Mapear, que apresenta o mapeamento nacional dos pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes (ESCA) nas rodovias federais.
O levantamento, feito por equipes da PRF entre os anos de 2017 e 2018, mostra que o Piauí foi um dos poucos estados onde houve uma redução na quantidade de pontos vulneráveis para a ocorrência desse tipo de crime.
No biênio 2013/2014 foram identificados 110 pontos de BRs no Piauí, enquanto na nova pesquisa, para o biênio 2017/2018, foram apontados 43 pontos vulneráveis – o que corresponde a uma redução de 61%
Os outros estados onde houve redução dos pontos vulneráveis foram: Minas Gerais (-41%), Santa Catarina (-27%), Mato Grosso do Sul (-25%), Bahia (-62%), Tocantins (-24%), Espírito Santo (-61%) e Roraima (-28%).
Por outro lado, as unidades da Federação em que houve os maiores aumentos no número de pontos vulneráveis foram: Ceará (+1.185%), Rondônia (+1.100%), Paraíba (+525%), São Paulo (+400%), Sergipe (+315%), Rio Grande do Norte (+274%) e Amazonas (+244%).
Houve um significativo aumento do número de pontos vulneráveis na região Norte (de 160 pontos para 404), Nordeste (de 475 para 644) e Sul (de 448 para 575).
Houve, ainda, uma estabilização do número de pontos no Sudeste, e uma leve redução na região Centro-Oeste.
Considerado todo o país, o número de pontos vulneráveis saltou 26%, passando de 1.969 (nos anos 2013/2014) para 2.487 (em 2017/2018).
Em contrapartida, o levantamento feito pela PRF indica um decréscimo contínuo dos pontos considerados críticos, ou seja, aqueles que possuem a maior possibilidade de ocorrência de exploração sexual de crianças e adolescentes.
Em 2009/2010 havia 924 pontos críticos, consideradas todas as rodoviais federais do país. Em 2011/2012 caíram para 691, e em 2013/2014, para 566. Por fim, no novo levantamento o número de pontos críticos identificados foi de 489.
O trabalho de mapeamento dos pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes pela PRF começou em 2004. Um ano antes, o Governo Federal definiu como prioridade o enfrentamento a esse tipo de crime. A Polícia Rodoviária Federal, que já atuava nas áreas de educação (formação de policiais e palestras para a sociedade), prevenção (campanhas de sensibilização) e repressão (fiscalizações em estabelecimentos à margem das rodovias), passou a mapear os pontos vulneráveis, de forma a reforçar o trabalho diário de enfrentamento a essa e outras violações aos direitos humanos.
A PRF conta desde 2009 com a parceira da Childhood Brasil no trabalho de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes. Criada em 1999 pela rainha Sílvia, da Suécia, a Childhood contribui com a PRF na articulação com a sociedade civil organizada, com a capacitação do efetivo policial e ainda disponibiliza cartilhas e material didático para divulgação do enfrentamento à ESCA.
Fonte: Portal O Dia