Agosto mal começou e já está batendo recorde como o mês que obteve maior registro de focos de incêndio em 2015, no Piauí. A informação é do portal de Monitoramento de Queimadas e Incêndios do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
De acordo com monitoramento feito por satélite, em 10 dias, agosto registrou 600 focos de queimadas. O número é alarmante, pois corresponde a 87% do que foi detectado em todo mês de julho.
No mês passado, foram 690 focos. Já de janeiro a junho, os satélites registraram 564 pontos de calor. Apesar do recorde, os índices são bem inferiores ao que foi apontado ano passado. Segundo o portal de Monitoramento de Queimadas e Incêndios do INPE, julho de 2014 acumulou 1.177 pontos, e em 2015 esse número caiu para 690.
Gildênio Sousa, responsável pela coordenação do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais – Prevfogo da Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) no Piauí, explica que o fato do satélite detectar o aumento de calor não quer dizer necessariamente que tenha ocorrido um incêndio descontrolado.
“Os satélites detectam focos de calor, que podem ser de uma queimada simples ou de um verdadeiro incêndio. Tem que se analisar também se a queimada foi feita legalmente com base em decreto ambiental”, explica Gildênio.
De acordo com o Prevfogo da Superintendência do IBAMA no Piauí, o Sul do Estado, nos últimos cinco anos, é a região onde mais focos de queimadas e incêndio são registrados.
“Nesses meses de agosto a dezembro há um incremento desses registros pela questão do regime de chuvas e baixa umidade”, acrescenta Gildênio Sousa.
Causar incêndio ou queimada irregularmente é previsto como crime, conforme prevê o Código Penal brasileiro, e pena de reclusão, de 3 a 6 anos, além de pagamento de multa.
Fonte: Meio Norte