O governo do Estado já está calculando as dificuldades de arrecadação este ano e estima que só no setor da previdência o déficit será de aproximadamente R$ 1.200 bilhão em 2018. O ano passado também fechou com contas deficitárias, calculando R$ 1 bilhão a menos do que o necessário.
No Piauí, o déficit previdenciário tem um histórico de crescimento de R$ 120 milhões por ano. Em 2014 a despesa extra foi de R$ 582 milhões; em 2015 o déficit somou R$ 702 milhões, em 2016 o valor chegou a R$ 880 milhões.
De acordo com o secretário Merlong Solano, o problema estrutural acarreta, principalmente, na dificuldade de pagamento da folha. “É forçoso reconhecer que o Estado sofre os efeitos da crise, que repercute na queda da arrecadação, combinado com o problema da folha, onde o déficit da previdência dos servidores públicos consome boa parte da receita”, explicou.
O secretário disse que os efeitos têm recaído ultimamente sobre os terceirizados, que não estão com o pagamento em dias. O governo admitiu que há problemas de atraso de pagamento que acaba repercutindo na capacidade das empresas pagarem os salários dos terceirizados.
“Há uma situação inegável de crise. Nossa arrecadação própria respondeu melhor do que as transferências federais e se não fosse isso não apenas os salários dos terceirizados estariam atrasados, mas também os salários dos servidores e o programa de obras estaria completamente parado”, ressaltou Merlong.
Fonte: Jornal O Dia