No segundo dia, a greve dos bancários fechou 7.324 agências de bancos públicos e privados, segundo balanço divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nesta quarta-feira (19). Segundo dados do Banco Central, há 21.713 agências bancárias no país, ou seja, mais de uma em cada três agências fecharam as portas com a greve. Além disso, foram fechados alguns centros administrativos no país.
São 2.192 estabelecimentos a mais com as portas fechadas em relação ao primeiro dia de greve. O balanço é realizado pela Contraf com base nos dados enviados até as 17h45 pelos 137 sindicatos que integram o comando nacional de greve da categoria.
Segundo dados do Banco Central, há 21.713 agências bancárias no país.
Na avaliação da Contraf, o aumento de agências fechadas mostra que o movimento está crescendo. “O movimento está se ampliando rapidamente no Brasil todo”, disse o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro, por meio de nota.
De acordo com a confederação, a intenção dos bancários é fechar as agências, mas manter caixas eletrônicos e bancos pela internet funcionando. Neste primeiro dia de greve,no entanto, clientes, principalmente os idosos, reclamaram da falta de assistência para usar os caixas eletrônicos.
Obrigações
Apesar da paralisação, o consumidor não fica dispensado de pagar faturas, boletos bancários ou qualquer outra cobrança, segundo a Fundação Procon-SP. No entanto, para isso, a empresa credora ou concessionária de serviço deve oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam feitos, segundo a entidade.
A recomendação do Procon é que o consumidor entre em contato com a empresa e peça essas opções de forma de pagamento, como por internet, sede da empresa, casas lotéricas ou código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) orienta o consumidor que os pagamentos de contas e tributos podem ser feitos por meio dos caixas eletrônicos, internet, centrais de atendimento, correspondentes bancários e débito direto autorizado (DDA), um serviço no qual é preciso se cadastrar e que permite receber os boletos de forma eletrônica e pagar também inclusive as contas vencidas.
Reivindicações
Segundo nota da confederação, entre as reivindicações dos bancários estão o reajuste de 10,25% nos salários (aumento real de 5%), uma participação nos resultados equivalente a três salários mais R$ 4.961,25 fixos, piso salarial de R$ 2.416,38, criação do 13º auxílio-refeição e aumento dos benefícios já existentes para R$ 622, fim da rotatividade e das metas “abusivas”, melhores condições de saúde e trabalho e mais segurança nas agências.
A Fenaban disse em nota que “lamenta a decisão dos sindicatos de bancários de recorrer à greve”.
Fonte: g1.globo.com