Os homens brasileiros morrem mais do que as mulheres ao longo da vida. O cenário só se inverte no grupo com idades entre 80 e 84 anos, quando a parcela feminina da população é maior do que a masculina. Pois grande parte dos homens nem chega aos 80 anos. As informações são do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2022. Atenção à saúde não faz parte da rotina da maioria dos homens. O médico da Família e Comunidade, do Hospital Marques Basto, Mauro Machado, afirma a realidade quanto aos homens.
“Boa parte desses efeitos é mais por culturalidade, o homem ele sofre numa sociedade mais machista que impõem a ele que tem que ser forte, ele é provedor do lar, ele não pode fraquejar. Então esse homem busca menos o serviço de saúde, ele tem menos informação sobre como se cuidar adequadamente, eles se expõem mais a riscos”, informou Machado.
Muitos homens têm medo de médico, preconceito de falar de suas vulnerabilidades e tem hábitos que deprimem a saúde. Entre 15 aos 34 anos, os óbitos entre homens são bem mais numerosos que entre as mulheres, por conta de causas externas como acidentes de trânsito, homicídios, suicídios e outras motivações violentas.