Em resposta às mobilizações realizadas pelo Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) quanto aos atrasos referentes aos pagamentos do Instituto da Assistência à Saúde dos Servidores Públicos (Iaspi), o órgão esclarece que houve atrasos, entretanto o calendário de pagamento das faturas, acordado no início do ano, está sendo cumprido. O Iaspi também se pronuncia sobre outras pautas de reivindicação da categoria médica, tais como o aumento do valor dos procedimentos médicos, glosas, licença biométrica e falhas no relatório online do Instituto.
No que diz respeito ao calendário de pagamentos, a diretora-geral do Iaspi, Daniele Aita afirma que o repasse referente aos serviços prestados no mês de outubro estão quase finalizados. “Tivemos um problema operacional, por uma questão de atualização do Siafem, que passou a se chamar Siaf, e foi necessário um esforço para recadastrar todas as empresas. Ainda assim, tivemos dificuldade no envio do arquivo das informações referentes aos pagamentos realizados no estado nos dias 6, 9 e 10 de fevereiro. Portanto, a dificuldade aconteceu não somente com os pagamentos realizados no Iaspi, mas com todos os pagamentos do estado”, pontuou.
A próxima fatura, que corresponde aos serviços prestados no mês de novembro, está sendo aberta nesta quarta-feira (15). “Estamos buscando soluções para que as falhas não voltem a acontecer e pedimos paciência aos nossos prestadores. Acreditamos que cumpriremos também as demais datas firmadas para os meses de dezembro e janeiro, cujo pagamento deve ser realizado em março. A rede credenciada deve ficar tranquila e nos procurar para qualquer esclarecimento”, ressaltou Daniele Aita.
Outra pauta de reivindicação é em relação as glosas, que se refere ao não pagamento, por parte do plano de saúde, de valores referentes a procedimentos médicos. Segundo a diretora do Iaspi, é reconhecido o direito do prestador de solicitar a revisão de glosas nos serviços médicos prestados e o Instituto se encontra com a equipe a postos para reavaliá-las. No entanto, a auditoria necessita de um prazo de 60 dias contados, a partir da data de entrada da solicitação, tendo em vista que a mesma equipe que analisa essa revisão é a mesma que fatura mensalmente todos os serviços.
O Simepi questiona ainda sobre a aquisição da Licença Biométrica. “Recebemos, oficialmente, o pedido do sindicato no dia 13 de janeiro solicitando a revisão do valor que é cobrado pela empresa. Tal valor chega a mais R$1000. Entendemos que é um custo para o nosso prestador e entramos em negociação com a empresa para tentar viabilizar a sua redução. Conseguimos reduzir para o valor de R$60, contanto que o Iaspi, inicialmente, adquirisse um quantitativo bem maior de licenças. Esse valor, uma vez pago pelo Instituto, será repassado ao prestador. No momento em que a licença adquirida for repassada, o valor pago pelo Iaspi será ressarcido pelo prestador na sua fatura do mês vigente”, destacou a diretora Daniele.
Ainda de acordo com Daniele Aita, a questão não foi resolvida por conta de questões burocráticas. “Trata-se de um recurso público e na administração pública existem todos os trâmites legais, da moralidade e da legalidade. O processo de compra está sendo analisado pela Procuradoria Jurídica do Iaspi e acreditamos que em pouco tempo vamos conseguir finalizar e resolver esse impasse para os nossos médicos prestadores”, complementou.
O Iaspi esclarece ainda que as guias referentes aos serviços prestados, na fatura de janeiro de 2017, que não aparecem no sistema, estão sendo recebidas de forma presencial no Instituto. “O faturamento de janeiro é analisado e fechado em março. Tivemos um problema técnico durante a atualização de dados. Houve a perda de algumas informações, que já foram recuperadas em sua maior parte. Quanto as guias que ainda não aparecem no sistema na data de hoje, solicitamos que os nossos prestadores compareçam ao Iaspi com a via física para que ela possa ser identificada, registrada e incluída no faturamento do mês de janeiro. A rede credenciada deve ficar tranquila, pois não haverá prejuízos”, atentou a diretora.
Para Daniele Aita, não haverá paralisação da categoria médica. “Estivemos em contato com o presidente da Comissão de Procedimentos Médicos e ele nos informou que não há paralisação. O que houve foi um indício de paralisação, no início do ano, pelo Sindicato dos Hospitais, com o adiamento das consultas, exames e procedimentos eletivos nos dias 9 e 10 de janeiro, para que tão logo fosse efetivado o pagamento da fatura do mês de outubro. Sabemos da importância que o Iaspi tem para todos os usuários, servidores, rede credenciada e pretendemos manter a qualidade dos serviços”, disse.
Ainda sobre os avisos de suspensão dos atendimentos, o Iaspi afirma que não foi contactado. “Ficamos surpresos com a última notificação enviada para a mídia. Sempre estivemos abertos ao diálogo e recebemos, por várias vezes, representantes do Simepi. Entendendo a necessidade de conversas e reconhecendo a importância da atuação médica na nossa rede credenciada foi que conseguimos avançar em vários aspectos, tais como a melhoria na remuneração de honorários médicos em consultas e exames, além do avanço na desburocratização de faturas. Ainda assim admitimos que é preciso avançar de maneira responsável”, finalizou Daniele Aita.
Os usuários que identificarem alguma restrição ou dificuldade, seja de atendimento, cirurgias e outros procedimentos, devem entrar em contato com a Ouvidoria do Iaspi, através do telefone 3216-509 ou 3131-6121.
Fonte: CCOM