Foram presos João Eneas de Araújo, 62 anos, mais conhecido “Araújo” e sua companheira Lúcia Maria da Conceição, acusado de constantes abusos sexuais contra uma criança de 10 anos de idade. Ambos residem no Bairro São Vicente de Paula. Lúcia é mãe adotiva da menina e João Eneas é o padrasto.

Familiares da acusada relataram que a mesma, por dificuldades financeiras, se tornou alcoólatra e, posteriormente, passou a ter um relacionamento amoroso com o aposentado João Eneas que morava em Brasília e trabalhava no setor de segurança. Este passou a abusar sexualmente da filha de Lúcia da Conceição.

Segundo os familiares, saiam juntos os três e Eneas embebedava Lúcia que perdia o domínio próprio, e em um carro entravam todos em um motel onde a menina era abusada. Uma das primas da vítima disse que ele dava R$ 50 e presentes caros com frequência para a menina, como forma de convencê-la a permitir os abusos.

Um inquérito foi instaurado na Delegacia da Mulher e muitas pessoas foram ouvidas, inclusive o acusado. Foi solicitado um exame médico para constatar se houve de fato o estupro. Uma das sobrinhas de Lúcia afirmou que gravou um vídeo da menina, sem que ela soubesse, onde confessou os constantes abusos e como o acusado fazia, além das gratificações que recebia do homem.

A situação revoltava os vizinhos que inclusive já tentaram linchar João Eneas, mas outras pessoas impediram. Quando saiu o resultado do exame médico, que foi constatado como grave, foram solicitadas as prisões da mãe e do padrasto. A juíza Maria do Perpétuo Socorro Ivani de Vasconcelos, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba, expediu dois mandados de prisão em desfavor do casal por acusação de estupro de vulnerável.

Lúcia Maria da Conceição foi presa, mas João Eneas de Araújo iniciou fuga. Para conseguir deter o fugitivo, a mulher de um dos sobrinhos de Lúcia, ligou para o acusado e marcou um encontro no início da noite de quinta-feira (07/08) no terminal rodoviário. Ele fez ameaças e levou uma faca para o encontro. Ao chegar à rodoviária, tentou fugiu ao avistar a polícia que aguardava para prendê-lo. Eneas conduzia um carro Gol de cor vermelha de sua propriedade e que foi apreendido.

Durante a ação participaram o major Costa Lima, comandante do 2° Batalhão de Polícia Militar do Piauí; o sargento Itapirema, comandante da guarnição e como patrulheiros os cabos Júlio, Marcos e Otaviano.

Diante das acusações, Eneas disse que tudo é uma calúnia e que não fez nada do que foi dito.

Os policiais foram, juntamente com o indiciado, na casa do mesmo para encontrar alguma materialidade do crime, mas encontraram muitos preservativos masculinos. Em seguida, retornaram para a Central de Flagrantes. De posse dos mandados de prisão a Polícia Civil o colocou em uma viatura e conduziu para a Penitenciária de Parnaíba.

Fonte: Proparnaiba com edição do Portal Costa Norte