O Campus do IFPI Parnaíba, realizou na manhã de segunda-feira, 27, mesa redonda sobre o Dia da Não Violência Contra a Mulher, com o intuito de promover o debate sobre as várias formas de violência contra as mulheres com o intuito preventivo e educativo.
Foram convidadas para participar da mesa redonda a psicóloga Hortência Santos, que falou sobre “O empoderamento das mulheres para romper com os ciclos de violência”; a assistente social Fernanda Ferreira, que falou sobre “Mídia e violência contra a mulher”; e a Historiadora e Técnica em Assuntos Educacionais do Campus São Raimundo Nonato, Jéssica Aguiar, que falou sobre “Violência contra a mulher, genocídio do povo negro e as formas de organização das mulheres trabalhadoras”.
De acordo com Hortência Santos, o empoderamento feminino é a consciência coletiva feminina no sentido amplo. “São expressões usadas para fortalecer as mulheres, em ações como este evento realizado em uma escola, para debatermos e entender o que seria este empoderamento. Com isso, fortalecendo mulheres para desenvolver a equidade de gêneros”, comenta.
Fernanda Ferreira debateu sobre como a mídia traz, de forma direta e indireta, uma violência simbólica contra a mulher. “Essa violência estar em nossas vidas e não percebemos. E acredito que muitos não pararam para pensar nisso. Precisamos construir, coletivamente, essa ideia do que é violência. E toda violência tem um foco”, ressalta.
Jéssica Aguiar agradeceu o convite para a construção do debate de um tema tão atual e cotidiano. “Nós não aceitamos nenhuma morte a mais e não vamos aceitar o genocídio do povo negro. A nossa maior força hoje é colocar que nós precisamos aquilombar as lutas. Estamos na luta para combater todos aqueles que governam para oprimir explorar tanto as mulheres, principalmente da classe trabalhadora”, destaca.
A professora Márcia Araújo, coordenadora do projeto, ressaltou a importância do que é ser feminista. “Quando eu tive a ideia de trazer esse debate, ainda em 2013, aqui para o campus pois ouço, cotidianamente, comentários absurdos sobre o tema. A nós, mulheres, o que mais interessa é o respeito. O respeito é a palavra de ordem de todos os movimentos sociais. Chegou um momento em que a sociedade começou a pedir respostas e as mesmas foram forjadas na luta e cominaram em movimentos que solicitaram mudanças de comportamento, da legislação, para que dê garantias a esses direitos”, comenta.
Fonte: IFPI