Em novembro, o Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace) para o Brasil, que mede a atividade econômica do país e tenta antecipar a direção da economia brasileira a curto prazo, avançou 0,4% em relação ao mês anterior. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) e a instituição The Conference Board (TCB) divulgaram hoje (16) que o indicador alcançou 100,2 pontos
Dos oito componentes considerados para o índice, quatro contribuíram positivamente para o resultado em novembro: o Índice de Expectativas da Sondagem da Indústria; o Índice de Termos de Troca; o Índice de Produção Industrial de Bens de Consumo Duráveis; e o Quantum de exportações.
Cada um desses componentes vem se mostrando individualmente eficiente em antecipar tendências econômicas, segundo a FGV. O agregado dos indicadores individuais em um índice composto filtra os chamados “ruídos”, colaborando para que a tendência econômica efetiva seja revelada, informou a entidade.
O Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE) do Brasil, também elaborado pelo Ibre/FGV e pelo TCB, que mensura as condições econômicas atuais, subiu 0,3% entre outubro e novembro, atingindo a marca de 96,6 pontos. Nos dois meses anteriores, considerando-se a revisão de dados, o indicador havia recuado 0,2% em outubro e 0,3% em setembro.
“O recuo observado na variação mensal do Iace em outubro havia marcado também uma reversão de tendência de crescimento contínuo em sua série de variações semestrais. Apesar de a variação de novembro do indicador voltar a ser positiva, a taxa de variações semestrais manteve a queda, caracterizando uma adaptação das expectativas com relação ao nível de atividade da economia brasileira”, disse, em nota, Paulo Picchetti, pesquisador do Ibre/FGV.
“O contexto desta adaptação pode ser mensurado pelo comportamento do ICCE, cuja variação mensal positiva em novembro ainda não foi suficiente para trazer a variação semestral para o terreno positivo”, acrescentou o pesquisador.
Fonte: Agência Brasil