Como a Covid-19 é uma doença recente em todo o mundo, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) partiu na frente na estratégia de conhecer o status sorológico da população piauiense diante da pandemia. Esse estudo é feito por meio de pesquisa epidemiológica por amostragem aleatória estratificada por sexo e idade, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com os dados da pesquisa, será possível nortear as decisões e estratégias para o enfrentamento da doença no Estado.
Após processo licitatório, o Instituto Amostragem foi contratado para fazer a pesquisa em cinco etapas, com intervalos de 15 dias, em indivíduos diferentes nas cidades de Teresina, Parnaíba, Campo Maior, Oeiras, Picos, Floriano, Valença, Uruçui, São Raimundo Nonato, Corrente, Coivaras, São Gonçalo do Gurgueia, Fronteiras e Pimenteiras. Nestes municípios, os pesquisadores aplicam um questionário e os profissionais de saúde realizam teste rápido para detecção de anticorpos anti SARS-CoV-2.
O inquérito vem mapeando os locais onde há maior concentração de infectados ou não, mostrando a imunidade da população daquela cidade ao novo Coronavírus. A pesquisa começou dia 25 de abril e está ajudando o trabalho da Sesapi e do Comitê de Organização Emergencial (COE) a definirem as medidas de contenção da doença, que já levou a óbito 1.019 piauienses.
Para o diretor do Instituto Amostragem, Batista Teles, o inquérito sorológico é importante porque fornece as informações de cada região em relação à doença. “Sabendo como está a contaminação ou o RO-taxa de transmissibilidade das cidades, as autoridades de saúde podem decidir quais ações serão tomadas no controle da pandemia. O Piauí é um dos poucos estados brasileiros que tem feito uma série destas pesquisas”, explica. A nona etapa do inquérito sorológico do Estado do Piauí está sendo feito e encerra dia 18 de julho.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, ter conhecimento do controle epidemiológico da doença tem sido fundamental para nosso trabalho de combate à Covid-19. “Sem as informações do inquérito sorológico estaríamos ainda no escuro em relação à doença e não seria possível nem a elaboração do plano de flexibilização das atividades econômicas. O governador Wellington Dias quer uma retomada da economia, mas de forma segura para a população e isso só foi possível com a pesquisa”, diz.
Fonte: Ascom Sesapi