Iracema leva a Tribuna a Adutora do Semiárido para solução da seca no Nordeste
A seca no Nordeste, um dos problemas que tem atingido milhares de brasileiros, levou a deputada federal Iracema Portella (PP-PI), a registrar em plenário sobre a problemática que afeta a qualidade de vida de milhares de famílias há séculos, atingindo gerações inteiras de nordestinos, comprometendo de forma assustadora o desenvolvimento social e econômico de uma região cheia de potencialidades.
Segundo Iracema Portella, ao longo de todos esses anos, órgãos públicos foram criados, políticas foram implementadas, soluções mágicas foram propostas, mas, infelizmente, o Brasil não foi ainda capaz de acabar com esse flagelo.
Iracema lamenta que o Piauí tenha sofrido muito os efeitos da estiagem, e resolver o problema das famílias piauienses atingidas pela seca é urgente e inadiável. Para a deputada, é preciso dar a essas famílias a segurança de que não terão de comprar água para sobreviver. Isso é garantir um direito fundamental,
“Nessa luta, temos que pensar em ações que realmente sejam capazes de oferecer à população das áreas que mais sofrem com a seca, instrumentos para que possam viver com qualidade, trabalhar com dignidade, desenvolver sua região. É nesse sentido que é importante fortalecer as políticas de recursos hídricos numa região que, nos últimos anos, tem crescido mais do que a média brasileira”, defendeu Iracema Portella.
Iracema reforçou que, para que o Nordeste cresça cada vez mais e tenha um desenvolvimento sustentável, é imprescindível colocar em prática políticas públicas estruturantes. Argumentou que no Piauí, uma solução viável para esse cenário é a construção da Adutora do Semiárido, projeto concebido pela direção da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, o DNPM-PI, sob a coordenação do geólogo Francisco Lages, projeto esse que a parlamentar tem prestado todo seu apoio.
“Fico extremamente preocupada com a situação das famílias que sofrem com a seca. É algo que toca profundamente, pois sei o quanto é difícil viver sem ter água para nada, ver as plantações cultivadas com cuidado secarem e os animais morrerem de sede. É uma verdadeira tragédia para os sertanejos e, no caso do Piauí, para as pessoas que vivem na região do semiárido”, enfatizou.
A parlamentar explicou que o geólogo Francisco Lages dirige a CPRM no Piauí, centrando as atenções no estudo sobre o panorama da seca. O projeto da Adutora do Semiárido vai beneficiar mais de seiscentas mil pessoas em 42 municípios, resolvendo a falta de água de forma definitiva.
Não podemos mais aceitar que todo ano aconteça a mesma coisa, os mesmos dramas causados pela seca – lamentou a parlamentar piauiense.
De acordo com o projeto, a Adutora do Semiárido terá água do Aquífero Cabeças, que é considerado o de melhor potencial hidrogeológico da Bacia Sedimentar do Parnaíba. As águas dos aquíferos têm proteção natural contra poluição e não sofrem perdas por evaporação. Segundo o estudo realizado pela CPRM, a Adutora do Semiárido teria autonomia para fornecer água para a região por trezentos anos, com sustentabilidade, independentemente dos índices pluviométricos.
Iracema explicou que, hoje, as famílias do semiárido contam com cerca de vinte litros de água por dia. Com a adutora, poderão ter mais de cem litros por dia.
A deputada Iracema Portella tem convicção de que esse projeto será um sucesso, pois dará a tão esperada tranquilidade para as famílias que sofrem com a seca. Todos os anos essas pessoas são obrigadas a passar por esse drama. Agora, em 2012, a situação é ainda mais grave, e a maioria dos municípios da região decretou estado de calamidade.
“Já passou da hora, portanto, de tomarmos uma providência definitiva. E eu acredito que esse projeto é uma solução possível, com efeitos em longo prazo, que é o que realmente funciona”, concluiu.