A deputada federal Iracema Portella (PP-PI) lembra que hoje, 26 de junho, é celebrado o Dia Internacional de Combate às Drogas. Para a deputada, datas simbólicas como esta são fundamentais para que possamos intensificar as campanhas de conscientização da população sobre os riscos do consumo de todos os tipos de droga.
Iracema disse ser essencial que governos e sociedade civil voltem suas ações, principalmente, para os mais jovens. É nesse sentido que são necessárias iniciativas de prevenção ao uso dessas substâncias, que devem ser adotadas nas escolas e nas comunidades.
No Brasil, vive-se um momento extremamente delicado no que diz respeito a essa questão. As drogas estão presentes em todo o território nacional. O crack virou uma epidemia, afetando todas as classes sociais e faixas etárias. Estima-se que existam hoje, no Brasil, 1 milhão de usuários de crack, espalhados por nada menos do que 98% dos municípios do País.
Iracema explicou que nenhuma droga danifica o cérebro com tanta rapidez como o crack. O usuário perde o senso de julgamento e de responsabilidade. Fica agressivo e é capaz de fazer qualquer coisa para manter o vício: roubar, vender objetos pessoais e bens da família. A deputada lamenta que nessa triste escalada, muitos perdem tudo e passam a viver em função da dependência química de seus filhos. O crack acaba por desestabilizar toda a família, que se sente cada vez mais impotente diante dessa situação absolutamente incontrolável.
“Ninguém pode medir o drama, a tragédia e a dor de milhares de mães e pais em todo o País, que tentam livrar os filhos do vício. É uma dor sem fim. Precisamos dar respostas rápidas e concretas para essas famílias. A Câmara dos Deputados avança nessas questões. Depois de um intenso trabalho durante todo o ano de 2011, nós, parlamentares engajados na luta contra as drogas, iniciamos, em 2012, outra etapa desse importante processo”, falou.
A deputada ressaltou que reunidos em mais uma Comissão Especial, foi discutido, estudado e analisado o Projeto de Lei (PL) 7663/10, que cria o Sistema Nacional de Políticas Sobre Drogas, um amplo e sólido instrumento de enfrentamento às drogas. A proposta que a Comissão Especial oferece ao País é a de uma nova lei nacional antidrogas, mais moderna, mais arrojada, que aprimora a legislação vigente nas áreas de prevenção, tratamento, reinserção social e repressão ao tráfico.
Iracema reforça que um dos principais avanços é a melhoria da rede de atenção aos dependentes químicos e suas famílias, contando com a participação tanto dos serviços públicos quanto daqueles ofertados por organizações não governamentais com larga experiência nesse setor. Hoje, no Brasil, cerca de 80% do atendimento aos usuários de drogas é feito pelas chamadas comunidades terapêuticas, mantidas, em sua maioria, por grupos religiosos e por entidades da sociedade civil. Essas organizações precisam do nosso reconhecimento e, sobretudo, do nosso apoio.
“Tivemos a preocupação também de propor a criação de um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços para a prevenção, a promoção, a proteção e a recuperação da saúde dos dependentes químicos, de forma integral, com acesso universal a serviços humanizados e de qualidade, incluindo a atenção especial aos agravos mais prevalentes nos usuários de drogas. Trata-se de um passo importante a ser dado, que não pode acontecer isoladamente. Só teremos sucesso na luta contra as drogas se atuarmos todos juntos, com uma única missão, a de valorizar a vida”, concluiu.
Para finalizar a deputada piauiense ressaltou que em breve a Comissão votará esse Projeto no Congresso Nacional. E, nesse processo, é fundamental a parceria com o Poder Executivo e com a sociedade civil.
Fonte: Ascom