No Piauí, 509 pessoas estão a espera por um transplante, sendo 384 por uma córnea e 125 por um rim. Para que esse processo seja concretizado elas precisam de uma doação de órgão.
Nesta quarta-feira, 25 de setembro, Dia Nacional do Doador de Órgãos, a Central Estadual de Transplantes realizou uma missa, em ação de graças, na capela do Hospital Getúlio Vargas (HGV), para os doadores e seus familiares, que reascenderam a esperança naqueles que estavam a espera de uma doação.
“Este é um momento de agradecer a cada família, que optou pela doação dos órgãos de seu ente querido e de pedir graças para aqueles que estão a espera de uma doação”, lembra a coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Lourdes Veras.
Entre os que estão a espera de uma doação, está a estudante Nájla Silva, de 27 anos, que está há três anos na fila de espera por um transplante de rim. “Quem vive dependendo de uma máquina de hemodiálise, vive de forma limitada e sonhando que um dia possa aparecer um doador compatível. Por isso é importante que as pessoas se sensibilizem da relevância da doação de órgão”, enfatiza a jovem.
Quem concretizou esse processo da doação de órgãos de um familiar foi a servidora pública Maria do Socorro, que perdeu o filho Rodrigo, no mês de abril deste ano. “Quando me informaram da morte encefálica dele, não pensei duas vezes e aceitei fazer a doação, para que meu filho pudesse dar esperança de vida a quem tanto está sofrendo. Para mim, é muito gratificante saber que meu filho está ajudando outras pessoas mesmo depois partir”, disse Socorro.
Doação
Para ser um doador de órgão é necessário comunicar à família a vontade de doar, pois só por meio da autorização dos familiares é que pode ser realizada a doação. “Quando a família tem conhecimento do desejo de doar do parente falecido, esse desejo é respeitado. Por isso a informação e o diálogo são absolutamente fundamentais, essenciais e necessários. Em razão disso tudo, orienta-se que a pessoa que deseja ser doador de órgãos e tecidos comunique sua vontade aos seus familiares”, explica a coordenadora Lourdes Veres.
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central Estadual de Transplantes, que faz parte da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), como foi o caso da dona de casa Ana Pereira, que é transplantada de rim. “O transplante me trouxe a esperança de uma nova vida, após seis anos fazendo hemodiálise”, lembra Ana.
Fonte: CCom