Categoria cobra cumprimento de acordo feito com o governo do estado. Com paralisação, investigações e realização de BOs estão suspensas.
Mais de 80% dos policiais civis do Piauí estão parados por conta da paralisação de 72 horas deflagrada nessa segunda-feira (21). A informação é do sindicato da categoria. Procurada, a secretaria de segurança não se pronunciou sobre o dado até a publicação desta matéria.
O Sinpolpi destacou a grande adesão de agentes e escrivães em cobrar o cumprimento do acordo feito com o governo do estado, no ano passado, sobre reajuste salarial e a criação de uma lei que regule a relação entre o maior e o menor salário da carreira policial.
“Existe uma disparidade entre o tratamento dado para os delegados e os agentes e escrivães. Queremos que seja colocado em lei que o menor salário de agente não seja menor do que 45% do salário do delegado, mas o governo não quer”, afirmou para o G1 nesta terça-feira (21) o presidente do sindicato, Constantino Júnior.
Nessa segunda-feira houve uma rodada de negociação entre a categoria e o secretário de segurança, Fábio Abreu, mas não houve consenso sobre o atendimento das pautas. O gestor ficou de apresentar uma contraproposta para os policiais civis e escrivães. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, a nova proposta ainda está sendo elaborada.
Por conta da paralisação, os boletins de ocorrência estão sendo realizados na Central de Flagrantes de Teresina apenas para os crimes de roubo, latrocínio, estupro, homicídio e crimes contra idosos, crianças e adolescentes. Apesar do registro, as investigações não são realizadas, exceto para crimes em flagrante. Nas demais delegacias não estão sendo realizados B.O.s de nenhuma natureza.
O governo do Piauí disponibilizou 10 equipes na sede da Delegacia Geral, situada na Rua Barroso, Praça Saraiva, Centro de Teresina, para atender a demanda da população. Também será possível realizar boletins de ocorrência não criminal pela internet, como perda de documentos, colisão de veículos sem vítima e desaparecimento.
Fonte: G1/Piuaí