Um detento foi encontrado morto nesta terça-feira (21) no presídio de Pedrinhas, no Maranhão, sendo a terceira vítima mortal no local desde o começo do ano, informaram à Agência Efe fontes oficiais.
A morte, causada por enforcamento, aconteceu um dia depois da transferência de nove presos desde o presídio de Pedrinhas, em São Luis, até a Prisão Federal de Máxima Segurança de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Esta decisão faz parte de um programa anunciado pelo Governo do Maranhão para transferir alguns dos líderes de grupos delinquentes para prisões de segurança máxima a fim de reduzir a violência registrada na penitenciária.
Na quinta-feira, foram registrados dois tumultos no mesmo centro penitenciário já que, segundo informaram fontes oficiais, os presos estão insatisfeitos com a presença da Polícia Militar, que desde dezembro se encontra no interior da prisão para intensificar a segurança.
Depois dos motins, agentes da polícia junto com os carcereiros realizaram uma inspeção nas celas para retirar todos aqueles objetos que pudem ser utilizados como armas.
Durante 2013, 59 presos morreram no centro penitenciário de Pedrinhas, sete deles em menos de uma semana, o que levou o Governo a iniciar um programa para recuperar o controle sobre a prisão.
Além dos assassinatos, o Governo reconheceu que como consequência do descontrole das autoridades sobre o recinto, foram produzidas “violações com os parentes” nos dias de visitas.
A violência suscitada no Maranhão incluiu atentados contra ônibus de transporte público nos quais uma menina de seis anos morreu.
Segundo dados oficiais, a população reclusa do Brasil supera ligeiramente os 550 mil internos, o que representa 30% a mais do que as prisões do país ibero-americano podem abrigar.
Do total de presos, estima-se que quase 40% se encontram em prisão preventiva à espera de sentença.
Fonte: Terra