O ministro Moreira Franco, da Secretaria Geral da Presidência, afirmou que o presidente Michel Temer não cogita a hipótese de ser candidato nas eleições para o Palácio do Planalto neste ano. “Nós temos um encontro com o futuro. Nós já atravessamos a ponte. Nós lançamos antes do presidente Temer assumir a presidência um documento, e o presidente apresentou ao Brasil um documento em que se fazia um diagnóstico do momento em que estamos vivendo e se oferecia um conjunto de alternativas”, destacou. “Hoje nós já atravessamos a ponte. Agora nós precisamos nos organizar para ter um encontro com o futuro.”
Perguntado sobre quem seria o candidato do MDB a presidência, Moreira Franco comentou com bom humor: “Também gostaria de saber”, brincou.
Para o ministro, as eleições podem viabilizar um modelo de governo que possa manter a trajetória de crescimento do País, depois de ter enfrentado uma profunda crise econômica, “e que hoje tem inflação baixa e há responsabilidade fiscal”.
“Tiramos o Brasil da recessão, o emprego está voltando, a taxa de juros caiu, as pessoas estão consumindo mais, está se produzindo mais, existe hoje a esperança e a possibilidade real de nós mantermos esse mesmo desempenho. E é isso que o Brasil precisa”, apontou. “Nos vamos, e há muita combatividade, muita certeza, muita convicção, de que essas conquistas precisam ser continuadas e para defender essa continuidade que nós haveremos de ter um candidato.”
Moreira avaliou como natural o lançamento da pré-candidatura do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a presidência da República pelo DEM. “Cada candidato vai escolher o seu caminho e acho que os partidos da base do governo estavam lá, inclusive o MDB, com seu presidente, senador Romero Jucá, estava na convenção.”
O ministro manifestou que foram extremamente positivos seus encontros com investidores em Nova York. “Há ainda uma grande interrogação sobre como vai se dar o ano eleitoral no Brasil”, disse. Segundo ele, muitos interlocutores querem saber se a política econômica será mantida pelo próximo governo. Para ele, com a continuidade do combate à inflação, juros baixos, boa gestão das contas públicas e crescimento do PIB o Brasil poderá se tornar um país de classe média onde o direito do cidadão é respeitado.
Moreira Franco não crê na possibilidade de que a intervenção federal na segurança no Estado do Rio de Janeiro acabará antes do final do ano, embora avalie que há uma possibilidade remota.
“A situação da segurança pública no Brasil é muito delicada. No Rio de Janeiro precisamos inibir de maneira sensível a arrogância e prepotência do crime organizado, das milícias, que infernizam a vida da população”, destacou. “Hoje mesmo o Exército teve que voltar a um bairro extremamente populoso, onde já tinha estado para retirar barreiras que o crime organizado colocava nas ruas, para cercear o direito de ir e vir da população. Tiraram pela primeira vez, voltaram de novo, e certamente voltará quantas vezes for necessário para garantir o direito do cidadão.” Ele fez os comentários em entrevista para jornalistas em Nova York.
Fonte: Estadão