Em 19 de junho de 2008 foi sancionada a Lei 1.705, que passaria a ser conhecida popularmente como Lei Seca. A medida tornou mais rígida as punições para os condutores de veículos que são flagrados sob o efeito de álcool. De lá para cá já se foram nove anos, período em que a legislação passou por mudanças, tornando as penalidades ainda mais duras.
As estatísticas mostram um elevado índice de autuação de motoristas que associam o álcool à direção, nos anos que sucederam a criação da Lei. No litoral do Piauí, cortado por 200 km das rodovias BR 343 e BR 402, o problema é ainda mais frequente do que em outros pontos do estado. No entanto, as ações desenvolvidas pelo efetivo da 5ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal, sediada em Parnaíba, têm contribuído para diminuição do número de acidentes graves.
Segundo o inspetor chefe Claudiomar Ferreira, o número de mortes está diminuindo ano após ano. Em 2015, foram 25 mortos nas estradas da região. Em 2015 e 2016 foram 14 e 12 mortes, respectivamente. Já nos seis primeiros meses deste ano foram 04 vítimas fatais.
O inspetor explica ainda que localização de Parnaíba, na porta de entrada para o litoral piauiense, como ponto de ligação entre os estados do Maranhão e do Ceará, favorece o grande número de autuações na Lei Seca.
Neste sentido, o trecho entre Parnaíba e Luís Correia é o mais movimentado, onde chegam a passar de 13 a 17 mil veículos todos os dias. Para que se tenha uma ideia, no posto da PRF no quilômetro 33 da BR 343, saída da cidade em direção à capital a Teresina, o número de veículos é bem menor, totalizando cerca de 5 mil por dia.
Por Daniel Saturnino