Em dias de chuva, as estradas se tornam uma armadilha perigosa para os motoristas. A água que se acumula na pista cria uma camada sobre o asfalto, o que impede o contato adequado dos pneus com a superfície. Esse fenômeno, conhecido como aquaplanagem ou hidroplanagem, pode resultar em perda de aderência e, consequentemente, em um controle precário do veículo, aumentando os riscos de acidentes graves.

Embora não seja uma ocorrência comum, a aquaplanagem é bem conhecida por quem trafega frequentemente em estradas e rodovias. Lucas Mendes, motorista de frete que percorre o trajeto de Parnaíba a Ilha Grande, relata que já presenciou o fenômeno, mas nunca se envolveu diretamente em uma situação de aquaplanagem. “Apesar da consciência sobre o risco, ainda vejo muitos motoristas negligenciando a situação”, comenta ele.

A principal causa da aquaplanagem é a velocidade excessiva. Quanto mais rápido o veículo, maior a chance de o carro perder contato com a pista e “flutuar” sobre a água acumulada. Os sulcos nos pneus, essenciais para drenagem da água, desempenham um papel crucial na prevenção desse acidente. A presença de chuvas intensas e áreas de alagamento nas vias aumenta ainda mais a probabilidade de aquaplanagem.

Guto Sampaio, chefe da 5ª Delegacia de Polícia Rodoviária Federal em Parnaíba, alerta que a principal medida para evitar esse risco é reduzir gradualmente a velocidade ao se deparar com estradas molhadas, sem realizar manobras bruscas, como o uso abrupto do freio. Ele também destaca a importância de manter os pneus em bom estado, já que os sulcos desgastados não conseguem fazer a drenagem eficiente da água, elevando os riscos de acidente.

Nos últimos anos, campanhas de conscientização e educação no trânsito têm ajudado a disseminar informações sobre a aquaplanagem e seus perigos. As pessoas estão cada vez mais informadas sobre as causas e formas de evitar esse tipo de acidente, refletindo uma maior atenção à segurança viária.