O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou por homicídio triplamente qualificado os 11 policiais militares suspeitos de matar a juíza Patrícia Acioli, assassinada com 21 tiros na noite do dia 11 de agosto, quando chegava à sua residência, em Piratininga, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Dez desses 11 PMs também foram denunciados por formação de quadrilha armada. Além disso, o MP-RJ ratificou o pedido de prisão preventiva dos 11 policiais militares.
Entre os PMs está o tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira ex-comandante do 7º BPM (São Gonçalo) e do 22º BPM (Maré), acusado de ser o mandante do crime. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (10), prazo final para a apresentação da denúncia, após a Divisão de Homicídios (DH) ter encaminhado o relatório final do inquérito aos promotores, no qual os 11 PMs, já presos, foram indiciados por homicídio. As penas variam de 12 a 30 anos de prisão.
“Entendemos que (esses) policiais militares têm se constituído como uma verdadeira organização criminosa para cometer uma série de crimes graves na região de São Gonçalo, entre extorsões, homicídios, culminando no terrível assassinato da juíza Patrícia”, afirmou o procurador-geral de Justiça do estado do Rio, Cláudio Lopes.
Transferência para presídios federais
Lopes acrescentou que foi pedida a transferência do ex-comandante do 7º BPM e um tenente, acusados do crime, para presídios federais de segurança máxima, fora do estado do Rio, de forma a garantir que mesmo presos eles não possam interferir nas investigações. O MP-RJ também pediu a inclusão de ambos no chamado Regime Disciplinar Diferenciado para presos provisórios.
Fonte: G1