O Piauí sediará, na próxima terça-feira (6), mais um Encontro de Governadores do Nordeste. O evento tem como objetivo discutir a implantação de uma operação nacional de segurança, que reúna todas as forças policiais, equipamentos e infraestrutura para o combate à criminalidade nos estados. Outro ponto que será articulado é a criação de um fundo nacional que, somado aos recursos do Tesouro Estadual e da União, possa ser destinado às ações da segurança pública.
De acordo com o secretário de Governo, Merlong Solano, os governadores do Nordeste entenderam a necessidade de organizar uma reunião específica da região, a fim de discutir a temática e poder fazer uma interlocução articulada e organizada com o governo federal a respeito do tema.
“A ideia surgiu após o governador participar de uma reunião em Brasília com os governadores de todos os estados do Brasil e o presidente Michel Temer sobre a questão da segurança. A proposta a ser trabalhada no encontro é realizar um diagnóstico e discutir as saídas para melhorar as políticas públicas acerca da temática”, explicou o gestor.
O secretário ressaltou que a expectativa do governador Wellington Dias e dos demais governadores do Nordeste é que se crie um sistema estável e regular de financiamento, que permita aos estados fortalecer a segurança em termos de equipamento, inteligência, reforço na contratação de pessoal e de políticas salariais.
“A meta é agregar as ações de segurança. Trabalhando de maneira coordenada no âmbito estadual, integrando as polícias Militar e Civil, a Federal, a Polícia Rodoviária Federal, e os sistemas penitenciário e judiciário. Além disso, integrar os estados com a União, que também tem a sua parcela de responsabilidade no que tange ao controle das fronteiras, no uso das forças armadas e partilhando a sustentação financeira da segurança”, destacou Merlong.
Custeio para a segurança
Para o governador Wellington Dias, é importante que o Congresso Nacional aprove uma nova fonte de recursos para o financiamento da segurança pública, como a criação de um fundo nacional semelhante ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
“No encontro que tivemos ontem em Brasília foi proposto a criação uma linha de crédito oferecida pelo BNDES aos estados que pode chegar a R$ 42 bilhões. É uma iniciativa louvável, no entanto é aquém do necessário, porque precisamos de recursos para custeio e o financiamento do BNDES só permite que sejam feitos investimentos”, analisou o chefe do executivo estadual.
Fonte: Meio Norte