Nos próximos capítulos de “O outro lado do paraíso”, Laura (Bella Piero) revelará que Vinicius (Flávio Tolezani) é pedófilo. Tudo começará quando a jovem fizer uma sessão de hipnose com Adriana (Julia Dalavia), que também é coach, para entender o motivo pelo qual tem medo de sexo.
Depois de despertar, a filha de Lorena (Sandra Corveloni) vai falar sobre suas lembranças para Clara (Bianca Bin):
– Foi ele. Foi ele que me fez mal. Eu era só uma menina. Só uma menina. Foi ele, o Vinicius. Meu padrasto. E eu era só uma menina. Uma menina.
– Seu padrasto? O delegado? – questionará a mocinha.
– Eu lembrei de tudo, tudo. Eu era uma menina, ficava muito tempo sozinha em casa e ele…Ah, Clara, eu estou toda mexida por dentro. Sinto dor, medo, vontade de chorar.
Numa próxima sequência, Laura, acompanhada de Rafael (Igor Angelkorte), Renato (Rafael Cardoso) e Clara, irá conversar com Vinicius e Lorena.
– Eu vou contar tudo o que fez comigo – dirá ela.
– Tudo que eu fiz com você… Quando? – perguntará o delegado.
– Eu era só uma menina. Uma menina e brincava no tanquinho de tartarugas, lembra?
Vinicius responderá que sim e Laura continuará:
– Eu era só uma menina, mas você me agarrou. Quando eu brincava com as tartaruguinhas. Me molestou.
– O quê? – questionará ele.
– Laura, que vergonha, o que você está dizendo? – indagará Lorena.
– Ele é pedófilo – revelará a garota, que continuará. – Eu resgatei minha memória. Ele me agarrou. Não uma, mas muitas vezes naquele lugar. Era no quintal. A faxineira ficava mais dentro da casa, ele provavelmente dizia que ia brincar comigo ou ela não queria ouvir meus gritos, meu choro.
Vinicius, então, perguntará como ela se lembrou de tudo.
– Ela fez uma regressão hipnótica – explicará Clara.
Lorena tentará defender o marido, mas Rafael observará:
– Você mesma me disse que a Laura vivia machucada, com marcas.
– É porque era muito traquinas, ficava boa parte do dia sozinha. Ela se machucava sozinha.
– Eu tinha marcas, manchas roxas, ferimentos, porque ele abusava de mim. Você, Vinicius, você. Eu nunca gostei de você e sempre tentava descobrir motivos objetivos pranão gostar. Buscava palavras que expressassem meus sentimentos. Dizia que era mandão. Que era um rei dentro de casa. Mas não, não, não. Eu não te suportava porque, quando era uma menina, você me agarrou e me ameaçava de morte.
– Eu não sou um monstro.
– É um monstro, sim, um monstro.
Fonte: Kogut