O governo do Piauí alegou que para atender a reivindicação dos professores da rede estadual será preciso realocar recursos destinados a obras. Os docentes paralisaram as atividades na segunda-feira (15) porque não aceitam o parcelamento do reajuste do piso salarial, que é proposto pelo governador Wellington Dias (PT).
De acordo com o secretário de governo, Merlong Solano, a situação é complicada e a administração estadual vai continuar tentando chegar a um acordo com os professores. Segundo ele, o objetivo do governo é sentar e colocar a situação financeira do estado para os docentes na tentativa de mostrar as dificuldades.
“Não há milagre na administração pública. Quando você tem um orçamento limitado e toma a decisão a alocar recursos para um determinado setor, nesse caso para melhorar as condições de salário do magistério, você sacrifica de outro lado alguma coisa. Nessa situação estará sendo sacrificado o programa de investimentos”, falou.
Conforme Merlong, recursos na ordem de R$ 70 a R$ 75 milhões que iriam para obras serão destinados para cumprir o aumento. O secretário afirmou que na hora das dificuldades o governo precisa definir prioridades e garantiu que uma dessas prioridades é manter a educação funcionando com qualidade.
“Não vai haver uma paralisação total dos investimentos em obras, porque nós temos o recurso do Banco do Brasil e aquela contratação de crédito do Banco Mundial, que esperamos ter a partir de abril. De qualquer forma, é um sacrifício muito significativo considerando o pouco volume de recursos para investimentos que temos”, disse.
Na manhã da segunda-feira (15), centenas de professores realizaram caminhada em protesto pelas ruas de Teresina. A principal reivindicação da categoria, segundo o sindicato, é o cumprimento do pagamento do piso salarial dos professores a nível nacional e o reajuste de 11,36% pagos em apenas uma parcela.
Fonte: G1/PI