Já voltou a chover em grande parte do Matopiba, o que tem aumentado os índices de água disponível no solo na região. Os estados com maior umidade são Tocantins, Maranhão e parte do Piauí.
Na Bahia, a chuva teve uma distribuição mais irregular, mas, de qualquer maneira, o oeste do estado apresenta os maiores volumes registrados desde o início do ano. Para os próximos dias, os modelos numéricos de previsão do tempo estão estimando mais de 160 milímetros em grande parte das áreas agrícolas.
No oeste da Bahia, o volume pode ultrapassar os 250 milímetros em poucos dias e fechar o mês de fevereiro com volumes acima dos 500 milímetros. “Podemos ter a maior chuva dos últimos SEIS anos em algumas áreas”, diz Desirée Brandt, da Somar Meteorologia.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), janeiro do ano passado também foi bastante chuvoso no oeste da Bahia, e o acumulado mensal foi de 568 milímetros em Barreiras, por exemplo.
Neste mês, já choveu 91 milímetros. E, se chover o que está previsto, podemos bater o volume do ano passado. O grande problema é que a chuva em 2016 foi forte e depois parou completamente. Algo similar vai acontecer este ano.
“Depois do dia 15 de fevereiro, as chuvas vão recuar no Nordeste do Brasil. E aí só volta a chover no início de março”, alerta Desirée. No Nordeste como um todo, não se vê volumes como esses desde 2011.
Granizo no Sul
Quando a chuva começar a diminuir no Nordeste do Brasil, vai ganhar intensidade no Sul. As primeiras fortes pancadas já começam neste fim de semana.
Entre sábado e domingo, a chuva pode vir acompanhada de granizo principalmente no oeste, centro e norte do Rio Grande do Sul. Essas pancadas podem atrapalhar momentaneamente a colheita da soja e do milho no estado.
Fonte: Canal Rural