Segundo o documento “Desenvolvimento Humano para Além das Médias”, 36,8% dos homens do Piauí acima de 18 anos de idade tinham o ensino fundamental completo em 2010. A mesma pesquisa mostra que esse índice era um pouco melhor entre as mulheres, com 46,5%. Os dados foram tabulados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da ONU, em parceria com a Fundação João Pinheiro e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e foram divulgados nesta quarta-feira (10).
O estudo analisa o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e outros 170 dados socioeconômicos por cor, sexo e situação de domicílio dos anos censitários de 2000 e 2010 para mostrar como a vida dos brasileiros mudou ao longo da década.
Sobre o Piauí, a pesquisa mostrou que houve redução das desigualdades sociais relacionadas a etnia, gênero e situação de domicílio (urbano ou rural). A renda das mulheres piauienses é 9,4% menor do que a dos homens, apesar do IDHM do sexo feminino ser maior (0,662) do que o do sexo masculino (0,615).
Já o IDHM separado por cor no estado mostra que os negros tiveram uma maior qualidade de vida de 2000 para 2010. No início do século 21, o índice era 0,453 e 10 anos depois o número chegou 0,628. Apesar da expressiva melhora, ainda é menor do que os índices dos brancos, que ficou em 0,699 em 2010. O hiato de desenvolvimento humano de negros, ou seja, a distância entre o IDHM desta população do Piauí e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 68,01% entre 2000 e 2010.
O estudo mostrou ainda que a população rural e urbana no Piauí apresenta a uma enorme desigualdade no IDHM entre esses grupos. O índice de quem vive no meio rural é 0,525 e na zona urbana é 0,696. Dados referentes ao ano de 2010.
Fonte: G1/PI