O Piauí deixa de arrecadar pelo menos R$ 130 milhões ao ano por não receber o repasse de impostos de produtos que são comprados pela internet, segundo a Secretaria de Fazenda (Sefaz). Por conta disso, uma nova emenda à constituição já aprovada na Câmara Federal em Brasília prevê a regulamentação desse processo. Para o órgão, o estado vai poder arrecadar mais.
As compras pela internet sempre foram uma preferência para muitos consumidores como o comerciante Paulo Sérgio de Carvalho, que comprou pela internet a aliança de casamento e quase todos os eletrônicos que possui em casa. Para ele, a compra no meio online é mais cômoda porque conta com informações mais detalhadas sobre o produto.
“Ao chegar em uma loja para comprar um eletrônico de última geração, são poucos os vendedores que sabem passar a informação sobre o produto que você está comprando. Na internet, quando você abre uma página contendo esse produto você tem todas as informações sobre o equipamento”, disse.
Já o empresário dono de uma oficina de automóveis Antônio Valdônio Araújo, contou que as compras que faz para o seu estabelecimento chega a ter uma economia de 20 a 30% do valor pela internet.
A nova emenda à constituição que já foi aprovada na Câmara Federal em Brasília regulamenta que o estado de origem do produto passe a dividir o imposto do produto com o estado do consumidor final. Para a diretora de tributação da Secretaria de Fazenda (Sefaz), Maria das Graças Moreira, com a nova regulamentação o estado passa a arrecadar mais.
“Nós vamos passar a receber esse imposto de forma gradual a partir do próximo ano, e em 2019 a diferença de alíquota vai ser repassada de forma integral para o estado dos consumidores. O que configura um ganho para o estado em arrecadação, que vai aumentar a possibilidade de investimentos no estado”, disse.
Fonte: G1/PI