O Piauí é o quarto estado do país que mais gasta para manter os 30 deputados estaduais. É tanto dinheiro, que é como se cada piauiense desembolsassem quase R$ 90 para mantê-los. O orçamento para cobrir as despesas da Assembleia Legislativa do Piauí previsto para esse ano é de R$ 281 milhões. O valo representa 1,09% do Produto Interno Bruto do Piauí (PIB).
O salário de um deputado estadual chega a R$ 25 mil e já é maior do que recebe a maior parte dos trabalhadores brasileiros. Mas tem ainda R$ 32 mil de verba indenizatória, usadas para cobrir gastos com escritório, aluguel de veículos, combustível, passagem e contratação de serviços. Fora isso, são mais 80 mil reais para despesas com gabinete e funcionários.
Cada deputado estadual recebe, entre verbas e salário R$ 137 mil por mês. Multiplicado por 30, que é quantidade de parlamentares aqui no Piauí, a gente chega a R$ 4,1 milhões. Esse valor multiplicado pelos meses do ano, a gente chega a quase R$ 50 milhões.
O deputado Themístocles Filho, presidente da Assembleia Legislativa justifica que, no cotidiano, para desempenhar a atividade, o parlamentar tem muitos gastos.
“Um deputado trabalha de segunda a segunda, inclusive nos feriados. O parlamentar tem que viajar para todas as cidades do Piauí e não é fácil. Diferente do servidor público, que senta numa mesa e no final do expediente vai para casa e um parlamentar trabalha 24 horas”, contou.
Mas segundo este cientista político, além desse custo alto, nem todos os parlamentares fazem jus ao que ganham. “Eles querem ganhar dinheiro com a política e não beneficiar a sociedade com as sua experiência profissional”, afirmou o cientista político, Francisco Mesquita.
Fonte: G1/PI