Piauí fez reservas de vacinas e descarta interromper imunização contra Covid-19
O superintendente de Atenção Primária a Saúde e Municípios da Sesapi (Secretaria Estadual de Saúde), Herlon Guimarães, confirmou, nesta quarta-feira (17), que o Estado do Piauí fez reserva de vacinas e que não corre o risco de interromper a campanha de vacinação contra a Covid-19. A reserva será destinada às pessoas que já receberam a primeira dose. O gestor ressalta que o Governo Estadual seguiu as orientações do Ministério da Saúde e não avançou em faixas etárias, diferente do que ocorreu em outros estados.
A Sesapi informou que “guardou as doses da segunda fase para enviar aos municípios só no período certo de aplicação. O Estado do Piauí não corre o risco de interromper a segunda fase da vacinação contra a Covid-19 por falta de doses”.
“O Estado do Piauí teve a cautela de guardar as doses da segunda fase para não correr o risco de não imunizar a população. Só estamos fazendo a distribuição para os municípios na época exata da aplicação da segunda dose e seguimos sem risco de interrupção da campanha”, diz Herlon Guimarães.
Sobre o público prioritário, o superintendente esclareceu que o último lote de vacinas complementou mais 6% dos profissionais de saúde e incluiu os idosos acima de 90 anos. O grupo de idosos acima de 90 anos foi considerado 100% no estado.
Guimarães explica que o “Piauí tem a primeira dose, que já está sendo realizada, e já tem garantida a segunda dose para quando – 28 dias após a primeira – os municípios possam realizar (a vacinação) nesse público acima de 90 anos”. A escolha de 28 dias entre a primeira e a segunda dose ocorre por comprovação científica.
“O Piauí ainda tem vacinas pelo fato de nós termos seguido as orientações do Plano Operacional Nacional. O estado do Piauí não avançou em faixas etárias. Ele fez conforme o Ministério (da Saúde) distribuía as doses, que seriam suficientes para o seu público prioritário”.
O superintendente lembra a todos que uma pessoa só pode ser considerada imunizada após ela tomar as duas doses. Além disso, o organismo leva de 10 a 14 dias para realmente produzir os anticorpos.
No dia 15 de fevereiro, o Ministério do Saúde fez uma revisão no plano operacional e elencou por ordem de prioridades o público já prioritário para a vacina, “mas ele também coloca que, no momento em que houver mais disponibilidade de vacina, esse público vai evoluindo”.
“A próxima faixa etária que deverá entrar quando (houver) disponibilidade de mais doses será a faixa etária de 85 anos a 89 anos. Isso está posto na última revisão do plano operacional do Ministério da Saúde. O estado do Piauí irá cumprir com todas as determinações”.
A Sesapi relata que “alguns Estados utilizaram as doses que seriam usadas na segunda fase e avançaram na imunização dos grupos prioritários. Agora, falta vacina pra continuar”.
“Não queremos que isso aconteça no nosso estado. As Fake News ganham força principalmente por essa desorganização que está havendo no país. Isso se dá muito pelo fato do Ministério da Saúde ter essa falta de organização”, diz Guimarães.
“Não podemos comprovar, mas existe sim a possibilidade destas capitais terem utilizado as suas segundas doses. Não houve uma reserva, ao contrário do que o estado do Piauí fez e, por isso, neste momento, começa a apresentar essa deficiência de doses e, infelizmente, começam a suspender as suas campanhas de vacina; começam a fazer um movimento de pressão junto ao Ministério da Saúde para que mais doses sejam fornecidas”.
Guimarães ressalta que enquanto não houver celeridade na fabricação das vacinas anti-Covid para o Brasil, os estados de forma segregada vão receber a quantidade de doses diminuídas.
“Com isso, com certeza, a campanha se dará em percentuais. Eu posso dizer hoje que a próxima faixa etária, de 85 a 89 anos, iremos receber 100% das doses? Não posso afirmar. Isso vai depender da quantidade de doses que o Brasil tiver, que o Ministério da Saúde tiver, e que ele venha a fornecer aos estados. O Ministério da Saúde está provocando um dinamismo na entrega dessas quantidades. Ele observa quais estados estão entrando em uma situação crítica; por conta disso, ele também faz uma distribuição equitativa baseada nesses números”.
O gestor reforça que “o Brasil tem a capacidade de distribuição das doses e experiência em campanhas de vacinação, mas é preciso que tenhamos mais doses disponíveis para avançar em número de pessoas imunizadas”.
Fonte: Cidade Verde